segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Também eu e não sou da UN!
A UN manda sempre comunicados de interesse público e geral:
“ISF (ADF) environmental health people have advised the Battle Group of results of testing of various water samples in Dili and the results reveal a nasty problem.
1. Several popularly attended restaurants in Dili were visited and water they were using to wash salads etc was collected
2. Salt water from beaches around Dili that are frequented by UN staff was collected and tested.
The samples were found to have unacceptably high levels of contamination by faeces. This may account for the abnormally high number of UN people who are ill at the moment in Mission.
Regards”
“ISF (ADF) environmental health people have advised the Battle Group of results of testing of various water samples in Dili and the results reveal a nasty problem.
1. Several popularly attended restaurants in Dili were visited and water they were using to wash salads etc was collected
2. Salt water from beaches around Dili that are frequented by UN staff was collected and tested.
The samples were found to have unacceptably high levels of contamination by faeces. This may account for the abnormally high number of UN people who are ill at the moment in Mission.
Regards”
Venenos de Deus, Remédios do Diabo
Este fim-de-semana, “perdi-me” em viagens orientadas pela minha espécie de “Moleskino” que guardo há anos, que anda comigo todos os dias e guarda uma série de informações preciosas...
Dei com um postal/marcador que me foi oferecido com o respectivo livro que ilustra e de repente parei a minha viagem...
“Aos 10 anos todos nos dizem que somos espertos, mas que nos faltam ter ideia próprias. Aos 20 anos dizem que somos muito espertos, mas que não venhamos com ideias. Aos 30 anos pensamos que ninguém mais tem ideias. Aos 40 achamos que as ideias dos outros são todas nossas. Aos 50 pensamos com suficiente sabedoria para não ter ideias. Aos 60 ainda temos ideias mas esquecemos do que estávamos a pensar. Aos 70 só pensar já nos faz dormir. Aos 80 só pensamos quando dormimos.”
In Venenos de Deus, Remédios do Diabo, de Mia Couto.
“Carochinha, ‘amar é estar sempre chegando´, para nós estás sempre a chegar...”
P. e P.
Dei com um postal/marcador que me foi oferecido com o respectivo livro que ilustra e de repente parei a minha viagem...
“Aos 10 anos todos nos dizem que somos espertos, mas que nos faltam ter ideia próprias. Aos 20 anos dizem que somos muito espertos, mas que não venhamos com ideias. Aos 30 anos pensamos que ninguém mais tem ideias. Aos 40 achamos que as ideias dos outros são todas nossas. Aos 50 pensamos com suficiente sabedoria para não ter ideias. Aos 60 ainda temos ideias mas esquecemos do que estávamos a pensar. Aos 70 só pensar já nos faz dormir. Aos 80 só pensamos quando dormimos.”
In Venenos de Deus, Remédios do Diabo, de Mia Couto.
“Carochinha, ‘amar é estar sempre chegando´, para nós estás sempre a chegar...”
P. e P.
By Cesaltina... again!
Cesaltina andava muito calma, embora tenha faltado algumas vezes com dores de cabeça e tenha saído logo após lavar a louça do almoço, depois de lhe ter sido perguntado se queria trabalhar só meio-dia e ganhar metade do ordenado, ao que respondeu prontamente que não, não voltou a ter dores de cabeça!
Ontem, como não almoçámos em casa, telefona e diz que quer falar connosco.
Pois com certeza que passámos por casa para saber do que se tratava a “tal” conversa...
“Sinhor, sinhora, ajuda precisa. Pai tá no hospital, operação, perna partiu.”
Blá, blá, blá...
De repente veio-me à cabeça uma conversa dela, há umas semanas atrás, em que dizia que já tinha o passaporte português e como já podia sair para a Europa, para o ano queria ir trabalhar para a Irlanda...
“Tu não és assim Cláudia Abreu Antunes...”, pensei, “ a rapariga até está a chorar....coitada...”
Como os corações que vivem cá em casa são feitos de manteiga, obviamente que lhe adiantamos esse dinheiro.
Hoje entrámos em casa para almoçar e tínhamos um sorriso timorense que ia de Díli a Ataúro! Só por causa disso fiz um vídeo com ela... o que ela adorou estar a rever-se numa máquina!
Cheira-me que isto não vai ficar por aqui...
Ontem, como não almoçámos em casa, telefona e diz que quer falar connosco.
Pois com certeza que passámos por casa para saber do que se tratava a “tal” conversa...
“Sinhor, sinhora, ajuda precisa. Pai tá no hospital, operação, perna partiu.”
Blá, blá, blá...
De repente veio-me à cabeça uma conversa dela, há umas semanas atrás, em que dizia que já tinha o passaporte português e como já podia sair para a Europa, para o ano queria ir trabalhar para a Irlanda...
“Tu não és assim Cláudia Abreu Antunes...”, pensei, “ a rapariga até está a chorar....coitada...”
Como os corações que vivem cá em casa são feitos de manteiga, obviamente que lhe adiantamos esse dinheiro.
Hoje entrámos em casa para almoçar e tínhamos um sorriso timorense que ia de Díli a Ataúro! Só por causa disso fiz um vídeo com ela... o que ela adorou estar a rever-se numa máquina!
Cheira-me que isto não vai ficar por aqui...
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Timor em “Público”
O artigo do Pedro Rosa Mendes, que o Público publicou em 1ª página no dia em que o Primeiro-Ministro de Timor chega a Portugal em visita oficial, não podia ser mais inoportuno. Ele, jornalista, pelo artigo que escreveu e pelas meias-verdades que conta e pelas que deixa de contar, o Público, na pessoa do seu editor, que devia ter sensibilidade a este tipo de questões e ao impacto que estas possam causar sobretudo quando o Chefe de Estado se prepara para incentivar a banca portuguesa a investir em Timor. Se o objectivo do Pedro foi que o seu nome saísse do “anonimato” e se o objectivo do Público foi vender mais umas centenas de números, ambos deviam tê-lo alcançado.
Só me pergunto porque é que ele, Pedro, que vive por cá há cerca de dois anos, não escreveu sobre o resto das verdades, outras que possam ser construtivas.
É que dizer que Timor não tem uma série de condições de saneamento básicas é verdade mas também é verdade que já esteve bem pior do que está agora, o que quer dizer que ninguém adormeceu à sombra do coqueiro.
É que, indirectamente culpando o governo de Xanana, dizer que um survey revela que o índice de pobreza aumentou é verdade mas também é verdade que esse estudo se baseou nos anos entre 2002 e 2006, altura do Governo Transitório e do Governo de Mari Alkatiri.
É que dizer que Portugal “enterrou” milhões de euros na Cooperação e não tira proveito disso é verdade mas é verdade que os Australianos “enterraram” muito mais dinheiro que nós e estão a tirar o proveito máximo e se não tiram todo agora, irão fazê-lo mais tarde! Porque é que nós, portugueses, temos de ser “coitadinhos”? Somos sim “poucochinhos”. Não será melhor abrirmos os olhos e não ficarmos à espera que as coisas nos caiam do céu só porque o português é uma das línguas oficiais? Não será melhor começar (ainda que possa ser tarde) a trabalhar verdadeiramente? Talvez boa parte desse dinheiro da Cooperação Portuguesa fosse melhor utilizado se servisse para pagar bons ordenados a quem mostrasse trabalho e não a “qualquer um”.
Um bom exemplo disto é a nossa Embaixada. Para lá de ridícula, num edifício a cair de velho, de fazer vergonha a qualquer português que compare a “sua” com qualquer outra de outro país aqui representado. Em frente à minha casa, num terreno baldio virado para o mar e oferecido pelo Governo da altura, mora uma placa velha, de tanto “comida” pelo sol, onde ainda se nota “Futuras instalações da Embaixada de Portugal”. Diz quem sabe que está ali há pelo menos meia-dúzia de anos. Pois... não se gosta do projecto, manda-se para trás, pagam-se mais uns estudos, mais umas alterações mas acaba por não se deitar mãos-à-obra... muda o responsável, ainda não se gosta do projecto, mais uns estudos, mais umas alterações mas... ainda não é desta... e o resto nós conhecemos, afinal de contas continuamos portugueses, só mudamos de país!
Como diz um amigo meu, acho estranho que este jornalista, nos quase dois anos que vive em Timor, ainda não tenha descoberto nada de bom, não consiga apontar aspectos positivos.
Roma e Pavia não se fizeram num dia.
De maneiras que é assim... Vale o que vale!
Só me pergunto porque é que ele, Pedro, que vive por cá há cerca de dois anos, não escreveu sobre o resto das verdades, outras que possam ser construtivas.
É que dizer que Timor não tem uma série de condições de saneamento básicas é verdade mas também é verdade que já esteve bem pior do que está agora, o que quer dizer que ninguém adormeceu à sombra do coqueiro.
É que, indirectamente culpando o governo de Xanana, dizer que um survey revela que o índice de pobreza aumentou é verdade mas também é verdade que esse estudo se baseou nos anos entre 2002 e 2006, altura do Governo Transitório e do Governo de Mari Alkatiri.
É que dizer que Portugal “enterrou” milhões de euros na Cooperação e não tira proveito disso é verdade mas é verdade que os Australianos “enterraram” muito mais dinheiro que nós e estão a tirar o proveito máximo e se não tiram todo agora, irão fazê-lo mais tarde! Porque é que nós, portugueses, temos de ser “coitadinhos”? Somos sim “poucochinhos”. Não será melhor abrirmos os olhos e não ficarmos à espera que as coisas nos caiam do céu só porque o português é uma das línguas oficiais? Não será melhor começar (ainda que possa ser tarde) a trabalhar verdadeiramente? Talvez boa parte desse dinheiro da Cooperação Portuguesa fosse melhor utilizado se servisse para pagar bons ordenados a quem mostrasse trabalho e não a “qualquer um”.
Um bom exemplo disto é a nossa Embaixada. Para lá de ridícula, num edifício a cair de velho, de fazer vergonha a qualquer português que compare a “sua” com qualquer outra de outro país aqui representado. Em frente à minha casa, num terreno baldio virado para o mar e oferecido pelo Governo da altura, mora uma placa velha, de tanto “comida” pelo sol, onde ainda se nota “Futuras instalações da Embaixada de Portugal”. Diz quem sabe que está ali há pelo menos meia-dúzia de anos. Pois... não se gosta do projecto, manda-se para trás, pagam-se mais uns estudos, mais umas alterações mas acaba por não se deitar mãos-à-obra... muda o responsável, ainda não se gosta do projecto, mais uns estudos, mais umas alterações mas... ainda não é desta... e o resto nós conhecemos, afinal de contas continuamos portugueses, só mudamos de país!
Como diz um amigo meu, acho estranho que este jornalista, nos quase dois anos que vive em Timor, ainda não tenha descoberto nada de bom, não consiga apontar aspectos positivos.
Roma e Pavia não se fizeram num dia.
De maneiras que é assim... Vale o que vale!
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Starbucks
(Piadinha para os meus primos!!)
Pode ser uma “piroseira”, pode até ter o pior café do mundo mas não há cidade nenhuma desenvolvida (das que conheço até agora), europeia ou não, que não tenha um e não há turista que não se passeie com um copo do Starbucks na mão! Minto, Lisboa não tinha até há poucos meses atrás... ao que parece abriram um em Belém e outro em Alfragide... em Alfragide??!! Será que ninguém se lembrou da Baixa/Chiado?! A não ser que Lisboa esteja realmente diferente em tão pouco tempo e os milhares de turistas que se passeiam nesta zona tenham passado para a zona industrial de Alfragide. Se calhar preferem tirar uma foto ao lado do Ikea ao invés da tradicional foto ao colo do Fernando Pessoa...
Pode ser uma “piroseira”, pode até ter o pior café do mundo mas não há cidade nenhuma desenvolvida (das que conheço até agora), europeia ou não, que não tenha um e não há turista que não se passeie com um copo do Starbucks na mão! Minto, Lisboa não tinha até há poucos meses atrás... ao que parece abriram um em Belém e outro em Alfragide... em Alfragide??!! Será que ninguém se lembrou da Baixa/Chiado?! A não ser que Lisboa esteja realmente diferente em tão pouco tempo e os milhares de turistas que se passeiam nesta zona tenham passado para a zona industrial de Alfragide. Se calhar preferem tirar uma foto ao lado do Ikea ao invés da tradicional foto ao colo do Fernando Pessoa...
Singapura
Cosmopolita, organizada, consumista, civilizada, limpa, asiática, cara, barata, com qualidade de vida, super segura, com vida. Não se “perdem” dias a ver monumentos ou exposições mas perdem-se dias a ver montras, a entrar e a sair de centros comerciais, a experimentar e a comprar...
Tenho a mania de vir com uma ideia de “business” cada vez que visito uma cidade.
De Singapura trago um supperclub (www.supperclub.com) ideal para ficar junto ao Tejo... sócios já tenho, falta o resto! ;)
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Piadinha nenhuma até...
Não sei se acho piada a que roubem ideias, a que copiem frases, descrições e outras coisas do meu blog...
Este cérebro é propriedade privada e tudo o que produz, seja bom ou mau, é para proveito próprio ou “dos seus”, é para consumo “na casa”...
Só para que conste!!
Este cérebro é propriedade privada e tudo o que produz, seja bom ou mau, é para proveito próprio ou “dos seus”, é para consumo “na casa”...
Só para que conste!!
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Surpresa!!
Preparei um vídeo para vos fazer uma surpresa mas.... a surpresa foi minha quando descobri que o PC não lê os vídeos feitos no Mac...
Quer dizer, teriam que fazer o download do QuickTime Player...mas isso só depois de eu conseguir inseri-lo aqui....e isso só se não fosse tão pesado....e tudo isto seria tão mais fácil se eu não morasse aqui... a net funcionava....o técnico já tinha ido a minha casa arranjar a net....
Já lhe cortei partes, já o reduzi quase para metade e mesmo assim, nada!
De qualquer forma, está aqui guardado... fica para vos mostrar num tête-à-tête!
Enervada eu?! Não...
Mas que fique registado que estou triste!
De qualquer forma, as palhaçadas que fazia não interessavam nada, o importante mesmo era dizer que estou bem mas.... tenho saudades vossas!
De maneiras que é assim...
Quer dizer, teriam que fazer o download do QuickTime Player...mas isso só depois de eu conseguir inseri-lo aqui....e isso só se não fosse tão pesado....e tudo isto seria tão mais fácil se eu não morasse aqui... a net funcionava....o técnico já tinha ido a minha casa arranjar a net....
Já lhe cortei partes, já o reduzi quase para metade e mesmo assim, nada!
De qualquer forma, está aqui guardado... fica para vos mostrar num tête-à-tête!
Enervada eu?! Não...
Mas que fique registado que estou triste!
De qualquer forma, as palhaçadas que fazia não interessavam nada, o importante mesmo era dizer que estou bem mas.... tenho saudades vossas!
De maneiras que é assim...
terça-feira, 18 de novembro de 2008
14
Catorze foram as vezes que fui picada, num só dia, pelo mosquito da malária...só espero que nenhuma delas tenha sido uma fêmea...
Daqui a 2 semanas logo saberei... Se não apanhar desta, dificilmente apanharei!!
Mas lá que tenho o corpo cheio de “babas”, tenho!!
Daqui a 2 semanas logo saberei... Se não apanhar desta, dificilmente apanharei!!
Mas lá que tenho o corpo cheio de “babas”, tenho!!
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Conversa de um fim-de-semana...
(...)
- Titi, quando é que vens?
- Chego dia 19 amor...
- Então ‘tá quase! Falta 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18 e 19!!
- Não D., é dia 19 mas do próximo mês. :(
- Ah... então falta mais um bocadinho... Olha, acho que já te contei tudo o que tinha para dizer... vou passar à mamã... Mãaaaaaaaaa............
Uma surpresa para o D., que sei que “lê” as tolices das Titi...
Tu ainda não sabes o que é, mas morro de saudades tuas!
terça-feira, 11 de novembro de 2008
No comments
Uma colega portuguesa, advogada, lia uma carta que outro advogado lhe tinha dirigido:
(...)
“ E depois está cheia de erros ortográficos..... nem quero acreditar que foram advogados portugueses que fizeram isto!
(...)
Escrevem ‘tacitamente’ e ‘analogamente’ com acento... acentos no gerúndio, imaginem!
(...)
(...)
“ E depois está cheia de erros ortográficos..... nem quero acreditar que foram advogados portugueses que fizeram isto!
(...)
Escrevem ‘tacitamente’ e ‘analogamente’ com acento... acentos no gerúndio, imaginem!
(...)
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
By Cesaltina
Cesaltina é a empregada lá de casa.... Timorense, nunca lhe perguntei mas deve ter cerca de 30 anos, solteira (se bem que acho que tem namorado) e, supostamente, trabalha das 9h às 17h. Cozinha, limpa, lava roupa e passa a ferro e outras coisas.
As histórias sobre Cesaltina são muitas e giras de se contar numa dessas noites de copo na mão e de “jogar conversa fora”.
Cesaltina tem alguns “defeitos” ou vícios de ser Timorense, se se puder sentar sem fazer nada ou na conversa com as outras colegas dos outros apartamentos, não “perde tempo” a lavar as torneiras ou o “espaço lounge” que está na varanda. Teve que ser “educada”...
Mas o pior vício da Cesaltina não é nem este nem a droga, o seu pior vício é matar a família! É que eu só cá estou há 1 mês e ½ e já lhe morreram 2 irmãos! O primeiro morreu a uma 6.ª feira... o segundo morreu a meio da semana sendo que no outro dia Cesaltina veio trabalhar feliz e contente e sem luto (por estes lados, todos se vestem de preto da cabeça aos pés, caso seja um familiar próximo, ou então colocam um pedaço de tecido preto ao peito ou uma braçadeira).
Claro está que lhe dei os pêsames e até entabulei uma conversa acerca da família dela:
(...)
- Então quantos irmãos tem a Cesaltina?
- 6, sinhora... ainda faltam 4!
Ora perante esta resposta.....
Como quem diz “ainda faltam morrer 4 portanto ainda há mais 4 dias em que posso não vir trabalhar!”
Talvez depois lhe comecem a morrer os pais ou tios se os tiver... Não sei se não terei uma assassina em casa!
Contando esta conversa ao V. este chamou-a e disse-lhe:
- Cesaltina, os seus irmãos estão sempre a morrer, em 2 semanas foram dois...veja lá se esta semana não morre nenhum... não podem morrer tantos está bem?
- Sim, sinhor...
A verdade é que já há 3 semanas que não lhe morre ninguém.... Teve outros contratempos coitada, são os chamados “2ª feira é um péssimo dia para trabalhar”... há 2 semanas, numa 2ª feira, queimou-se (a história de como se queimou é hilariante) e isso deu-lhe o direito de não vir e tão pouco avisar que não vinha.... Hoje teve a sensibilidade de mandar “liga hau” (os conhecidos call me)... diz que lhe dói um dedo “ não partido sinhor só dói....amanhã já trabalha, bele?” dizia ela...
Mas tirando isto ela é engraçada... consegue partir tudo o que seja estatueta que haja lá em casa, deixa o ar condicionado de todas as divisões ligado e a porta da rua aberta, 1Lt de azeite chega para uma semana (se tivermos em conta que uma garrafa custa US$ 17...), há sempre qualquer coisa que precisa de ser comprada e é aqui que ela deixa toda a sua graça, nos bilhetes que nos escreve...
terça-feira, 4 de novembro de 2008
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Eu merecia isto...
Jaco
O desembarque em Jaco
A cozinha
O nosso bar e barmen
O restaurante do "eco-resort"
O "eco-resort"
Jaco é uma ilha protegida...segundo dizem ninguém lá pode ficar de noite!
Por isso metemo-nos ao caminho (éramos 9) e para percorrer 280Km demoramos cerca de 8h. Não, não fizémos muitas paragens pelo caminho nem sequer parámos em nenhuma estação de serviço até porque.... não as há! O caminho é que é tortuoso, ora a estrada tem alcatrão, ora não tem, buracos que são verdadeiras crateras, enfim, uma aventura...É rezar para que nada aconteça porque não há luz na estrada nem rede nos telemóveis! Portanto os 3 jipes seguiam em “carneirada”...
A primeira noite ficámos num “eco-resort” onde supostamente os bungalows estariam reservados para nós. Deviam estar mas não estavam! Como é uma “terra sem lei” os primeiros que chegaram, enganaram os empregados que tomam conta daquilo e ocuparam a maior parte dos aposentos. Sobravam 3 quartitos “lá atrás”. Três corajosos resolveram ficar no restaurante...já que era uma coisa arejada (não se usam muito as portas e paredes para estes lados devido ao calor). Para mim era um excesso e preferi o quarto....
Claro que fizémos a nossa festa com direito a bebidas, música e tudo!
No início da festa fui alertada pelo P. para ir ao jipe ver o que se passava lá porque tinha deixado a minha janela aberta e havia qualquer coisa lá dentro. Devo dizer que somos os dois muito “mariquinhas” nestas coisas mas eu lá fui...o que eu não sabia era que “o que havia lá dentro” era uma ratazana que mexia no saco que tinha sido deixado no chão do carro.... não sei se seria uma ratazana se um coelho dado o seu tamanho!! Bom, a verdade é que a coisa teve o seu choque inicial mas depois com a música e o gin tónico (por causa da profilaxia da malária) passou!
Eu, que fiquei com um dos quartos “lá de trás” não preguei olho a noite inteira, primeiro as risadas mas depois os barulhos eram tantos que era impossível estar ali sossegada. Luz não havia, ou melhor, uma vez apagada só se voltaria a acender no outro dia portanto era tentar ver o que se passava através da luz do Ipod e do telemóvel....creio que tivemos uma visita... há a teoria de que era um lagarto outro defende que era um rato! Fosse o que fosse não via a hora de ser dia! A sorte é que o dia aqui começa às 6.15 e esse foi o mote para saltar da cama ou lá que raio estava deitada. O “eco-resort” servia pequeno-almoço...mas alguns mais habituados à coisa levaram uma cafeteira para fazer o café matinal e optámos por comer as coisas que tínhamos levado... A conversa rondou a “noite em branco” embora os que dormiram no restaurante tivessem conseguido ressonar até...só que foram acordados por uns barulhos estranhos e quando olharam....eram dezenas de ratazanas que andavam por cima de tudo, excepto deles! A solução que encontraram foi não se mexerem mais até o sol raiar!! Eu teria entrado em pânico e desatado a fugir para o mar que era mesmo a 2 passos...o problema é que poderiam havir crocodilos também....
Confesso que já não tinha grande vontade de conhecer a ilha de Jaco nem que fosse pintada de ouro... Dali fomos então fazer a travessia para a tal ilha.... primeiro escolhemos o peixe acabadinho de pescar para que às 12.30h o senhor o fosse lá levar e depois entrámos num barco que, estamos em crer, até roto estava porque um dos srs tirava garrafas de água lá de dentro! Em 10m iamo-nos aproximando de Jaco...
A cozinha
O nosso bar e barmen
O restaurante do "eco-resort"
O "eco-resort"
Jaco é uma ilha protegida...segundo dizem ninguém lá pode ficar de noite!
Por isso metemo-nos ao caminho (éramos 9) e para percorrer 280Km demoramos cerca de 8h. Não, não fizémos muitas paragens pelo caminho nem sequer parámos em nenhuma estação de serviço até porque.... não as há! O caminho é que é tortuoso, ora a estrada tem alcatrão, ora não tem, buracos que são verdadeiras crateras, enfim, uma aventura...É rezar para que nada aconteça porque não há luz na estrada nem rede nos telemóveis! Portanto os 3 jipes seguiam em “carneirada”...
A primeira noite ficámos num “eco-resort” onde supostamente os bungalows estariam reservados para nós. Deviam estar mas não estavam! Como é uma “terra sem lei” os primeiros que chegaram, enganaram os empregados que tomam conta daquilo e ocuparam a maior parte dos aposentos. Sobravam 3 quartitos “lá atrás”. Três corajosos resolveram ficar no restaurante...já que era uma coisa arejada (não se usam muito as portas e paredes para estes lados devido ao calor). Para mim era um excesso e preferi o quarto....
Claro que fizémos a nossa festa com direito a bebidas, música e tudo!
No início da festa fui alertada pelo P. para ir ao jipe ver o que se passava lá porque tinha deixado a minha janela aberta e havia qualquer coisa lá dentro. Devo dizer que somos os dois muito “mariquinhas” nestas coisas mas eu lá fui...o que eu não sabia era que “o que havia lá dentro” era uma ratazana que mexia no saco que tinha sido deixado no chão do carro.... não sei se seria uma ratazana se um coelho dado o seu tamanho!! Bom, a verdade é que a coisa teve o seu choque inicial mas depois com a música e o gin tónico (por causa da profilaxia da malária) passou!
Eu, que fiquei com um dos quartos “lá de trás” não preguei olho a noite inteira, primeiro as risadas mas depois os barulhos eram tantos que era impossível estar ali sossegada. Luz não havia, ou melhor, uma vez apagada só se voltaria a acender no outro dia portanto era tentar ver o que se passava através da luz do Ipod e do telemóvel....creio que tivemos uma visita... há a teoria de que era um lagarto outro defende que era um rato! Fosse o que fosse não via a hora de ser dia! A sorte é que o dia aqui começa às 6.15 e esse foi o mote para saltar da cama ou lá que raio estava deitada. O “eco-resort” servia pequeno-almoço...mas alguns mais habituados à coisa levaram uma cafeteira para fazer o café matinal e optámos por comer as coisas que tínhamos levado... A conversa rondou a “noite em branco” embora os que dormiram no restaurante tivessem conseguido ressonar até...só que foram acordados por uns barulhos estranhos e quando olharam....eram dezenas de ratazanas que andavam por cima de tudo, excepto deles! A solução que encontraram foi não se mexerem mais até o sol raiar!! Eu teria entrado em pânico e desatado a fugir para o mar que era mesmo a 2 passos...o problema é que poderiam havir crocodilos também....
Confesso que já não tinha grande vontade de conhecer a ilha de Jaco nem que fosse pintada de ouro... Dali fomos então fazer a travessia para a tal ilha.... primeiro escolhemos o peixe acabadinho de pescar para que às 12.30h o senhor o fosse lá levar e depois entrámos num barco que, estamos em crer, até roto estava porque um dos srs tirava garrafas de água lá de dentro! Em 10m iamo-nos aproximando de Jaco...
terça-feira, 28 de outubro de 2008
É esta a TV que temos...
O telejornal é uma coisa que um expatriado português gosta de acompanhar, sabe as notícias do mundo mas também do seu país. E é talvez o único programa que dá em simultâneo, só que em Portugal passa às 13h e em Díli às 22h (sim, agora que mudaram de horário passo a estar 9h “à vossa frente”).
A pessoa já jantou, ou está a fazê-lo, e vamos lá ver como é que estão as coisas por lá...
Não me parecem mal... Se o telejornal abre com a notícia de que o FCP perdeu em casa, não percebo o motivo alarmista dos meus amigos que dizem “Isto por aqui está mau, não viste as notícias?! Há uma crise na Europa...” Se calhar a crise não é assim tão importante, se calhar vem mais mal a Portugal se o FCP perder o jogo de futebol... e ainda para mais em casa! Onde é que já se viu?! Isto sim é preocupante!
Bom, mas eu continuo estóica, à espera de uma notícia menos importante... sei lá que digam que o barril de petróleo está a descer, que a Euribor baixou pelo “x” dia consecutivo... Eu não tenho a mania que me interesso por estas coisas, não só mas também...
Mas ainda surge outra importante... Uma loja de tintas, em Guimarães, está a fazer promoções: na compra de 7 latas de tinta oferece um galo!! Isso mesmo, um galo! Mas não é um galo qualquer...ao que parece é da raça “pica-no-chão”!
Ora bem, este é que é o verdadeiro serviço público nacional! Daqui a alguns dias, aposto que o mesmo canal transmitirá, em directo, a afluência que houve à loja das tintas, com direito a gráfico ilustrativo da relação latas de tinta/galos vendidos (se tivermos sorte, teremos ainda uma sondagem da Católica a acompanhar)... e tudo porque, pelo telejornal, Portugal inteiro ficou a saber e a querer aproveitar esta promoção... Será que o dito comerciante salvaguardou a possível ruptura de stock?!...ou de tinta ou de galos!
De falta de vontade não me podem “acusar” mas perante isto, nada melhor que desligar a televisão!
De maneiras que é assim...
A pessoa já jantou, ou está a fazê-lo, e vamos lá ver como é que estão as coisas por lá...
Não me parecem mal... Se o telejornal abre com a notícia de que o FCP perdeu em casa, não percebo o motivo alarmista dos meus amigos que dizem “Isto por aqui está mau, não viste as notícias?! Há uma crise na Europa...” Se calhar a crise não é assim tão importante, se calhar vem mais mal a Portugal se o FCP perder o jogo de futebol... e ainda para mais em casa! Onde é que já se viu?! Isto sim é preocupante!
Bom, mas eu continuo estóica, à espera de uma notícia menos importante... sei lá que digam que o barril de petróleo está a descer, que a Euribor baixou pelo “x” dia consecutivo... Eu não tenho a mania que me interesso por estas coisas, não só mas também...
Mas ainda surge outra importante... Uma loja de tintas, em Guimarães, está a fazer promoções: na compra de 7 latas de tinta oferece um galo!! Isso mesmo, um galo! Mas não é um galo qualquer...ao que parece é da raça “pica-no-chão”!
Ora bem, este é que é o verdadeiro serviço público nacional! Daqui a alguns dias, aposto que o mesmo canal transmitirá, em directo, a afluência que houve à loja das tintas, com direito a gráfico ilustrativo da relação latas de tinta/galos vendidos (se tivermos sorte, teremos ainda uma sondagem da Católica a acompanhar)... e tudo porque, pelo telejornal, Portugal inteiro ficou a saber e a querer aproveitar esta promoção... Será que o dito comerciante salvaguardou a possível ruptura de stock?!...ou de tinta ou de galos!
De falta de vontade não me podem “acusar” mas perante isto, nada melhor que desligar a televisão!
De maneiras que é assim...
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Humor timorense!
Eu acho que eles têm um sentido de humor fantástico!!
Tive que ir a outro ministério assinar um cartão...pois muito bem, lá fui com o motorista e um tradutor numa carrinha cuja porta é de abertura lateral (o que não é normal porque os carros aqui são todos jipes)....primeiro nem conseguiam abrir a porta (porque estava meio amachucada) e depois enquanto fazíamos o trajecto a porta abriu-se até meio!! Eu nem consegui dizer nada, comecei a rir ao mesmo tempo que me segurava ao banco antes que caísse na próxima curva....depois eles lá olharam para trás e perceberam que a porta estava aberta, riram-se também e disseram: "É automática sinhora!"
Tive que ir a outro ministério assinar um cartão...pois muito bem, lá fui com o motorista e um tradutor numa carrinha cuja porta é de abertura lateral (o que não é normal porque os carros aqui são todos jipes)....primeiro nem conseguiam abrir a porta (porque estava meio amachucada) e depois enquanto fazíamos o trajecto a porta abriu-se até meio!! Eu nem consegui dizer nada, comecei a rir ao mesmo tempo que me segurava ao banco antes que caísse na próxima curva....depois eles lá olharam para trás e perceberam que a porta estava aberta, riram-se também e disseram: "É automática sinhora!"
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
A 13 de Outubro...mas não na Cova de Iria
Segunda-feira, 17.30h, calções, t-shirt de alças e Mp3 nos ouvidos e saio para ir fazer um jogging.... Por acaso dei conta de que não havia muita gente na rua, nem os “tradicionais” carrinhos que vendem garrafas e copos de água, cigarros, chocolates, etc, nem os miúdos que vendem cartões (o que eles chamam de “pulsas”) para carregar os telemóveis nem mesmo os que costumam estar deitados na berma!
Eis se não quando me deparo com um monte de gente, estradas cortadas e pensei logo "pronto, estou numa meio de uma manifestação!" Mas diz que não... Pois com certeza: o que é que um povo super católico faz no dia 13 de Outubro?! Procissões e missas e essas coisas....afinal era só a missa!
Desliguei o MP3 e atravessei aquela gente a andar devagarinho para não perturbar a coisa... A intenção era também passar despercebida mas... nunca me senti tão observada na minha vida, era a única "branca" ali no meio, ainda por cima de calções e alças que é uma coisa que aqui não e muito bem vista porque estás a "mostrar" o corpinho (mesmo que este não seja mesmo nada que valha a pena)...pensei mesmo que alguma coisa me ia acontecer mas depois também achei que seria muito animalesco fazê-lo no meio de uma missa!! Consegui atravessar a missa e continuar a correr....
Já de regresso, e quando achava que já tudo tinha terminado....pois diz que não! Então não é que quando voltei foi quando todos estavam a desmobilizar?! eu bem que tentei tornear a coisa mas lá estava eu outra vez no meio de milhares de pessoas a olharem para mim de alto a baixo.....até a polícia de metralhadoras e outras armas cujo nome não faço ideia....que medo....só pensava na maneira mais rápida de sair dali.....
Quando cheguei a casa e contei ao Valter e ele me diz que de facto não era muito seguro fazer aquilo....ia morrendo!!
Qualquer dia levo uma catanada, sou cortada em pedaços e vendida como carne importada!!
Eis se não quando me deparo com um monte de gente, estradas cortadas e pensei logo "pronto, estou numa meio de uma manifestação!" Mas diz que não... Pois com certeza: o que é que um povo super católico faz no dia 13 de Outubro?! Procissões e missas e essas coisas....afinal era só a missa!
Desliguei o MP3 e atravessei aquela gente a andar devagarinho para não perturbar a coisa... A intenção era também passar despercebida mas... nunca me senti tão observada na minha vida, era a única "branca" ali no meio, ainda por cima de calções e alças que é uma coisa que aqui não e muito bem vista porque estás a "mostrar" o corpinho (mesmo que este não seja mesmo nada que valha a pena)...pensei mesmo que alguma coisa me ia acontecer mas depois também achei que seria muito animalesco fazê-lo no meio de uma missa!! Consegui atravessar a missa e continuar a correr....
Já de regresso, e quando achava que já tudo tinha terminado....pois diz que não! Então não é que quando voltei foi quando todos estavam a desmobilizar?! eu bem que tentei tornear a coisa mas lá estava eu outra vez no meio de milhares de pessoas a olharem para mim de alto a baixo.....até a polícia de metralhadoras e outras armas cujo nome não faço ideia....que medo....só pensava na maneira mais rápida de sair dali.....
Quando cheguei a casa e contei ao Valter e ele me diz que de facto não era muito seguro fazer aquilo....ia morrendo!!
Qualquer dia levo uma catanada, sou cortada em pedaços e vendida como carne importada!!
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Fotos tipo-passe
Precisava de umas fotos tipo-passe para os cartões do Conselho de Ministros, para inscrição na Embaixada e para a carta de condução. Se tivermos em conta que agora não se pode entrar no CM sem identificação, a coisa era urgente.
Parece fácil mas não é! Em Lisboa, seria só ir a uma dessas quaisquer lojas de esquina e pronto, 5m e a coisa estava feita... Por acaso a loja até fica mesmo ao lado do CM mas durante uma semana fiz várias incursões ao local e saí de lá no minuto que entrei, eram às dezenas as criancinhas que estavam lá também para tirar fotografias. Até que um dia consegui, paguei $4 e tinha direito a 4 fotografias que sairiam dali a 20m. Paguei e entrei para dentro de uma “sala”, atrás de mim mais 4 timorenses. O fotógrafo pergunta-me qual era o “pano de fundo” que eu queria e mostrou-me: em tons de tigresa, safari (palmeiras numa paisagem árida), outro com canas de bambú, outro com um ripas de madeiras, um vermelho e outro branco... Ainda pensei em escolher o fundo em tigresa mas depois não combinava com a blusa e optei pelo branco! Devo dizer que pela cara do fotógrafo, ficou a achar que eu tinha um péssimo gosto. Dali disse-me que me podia vestir e apontou para uma “cabine” que estava atrás de mim. Eu pensei: “Vestir? Mas vestir como se eu estou vestida?!”. Quando olhei para a cabine nem queria acreditar, tinha uns cabides com blusas e camisas penduradas...só que as blusas já vinham com colares pendurados ou com laços e bandoletes para o cabelo....e as camisas já vinham com gravatas e laços também....também havia casacos para quem quisesse ir de “tailleur”, tudo em pelos menos 3 ou 4 cores se bem que o branco predominava. Mas o que mais me chocou nem foi isto, o que me deu vontade de sair dali a correr foi ver que as pessoas estavam a escolher o tamanho e a que mais lhe agradava, sendo que as camisas brancas estavam tanto ou tão pouco sujas que os colarinhos estavam pretos de sujidades e as “axilas” amarelas...tão nojento...
E pronto, quando recusei vestir aquilo e disse ao Sr. que queria ficar com a minha blusa, aí é que ele achou que eu era anormal!! Não resistiu e, entre dentes, soltou um “malai” que é como quem diz “portuguesa com a mania que as nossas coisas não são giras”. Pois é, eu e as minha manias....se não podia perfeitamente ter vestido aquela blusinha branca, de colarinho em tons de preto e com o colar cor-de-laranja já incorporado?! Podia sim senhora, às vezes sou muito “snobzinha”...
Parece fácil mas não é! Em Lisboa, seria só ir a uma dessas quaisquer lojas de esquina e pronto, 5m e a coisa estava feita... Por acaso a loja até fica mesmo ao lado do CM mas durante uma semana fiz várias incursões ao local e saí de lá no minuto que entrei, eram às dezenas as criancinhas que estavam lá também para tirar fotografias. Até que um dia consegui, paguei $4 e tinha direito a 4 fotografias que sairiam dali a 20m. Paguei e entrei para dentro de uma “sala”, atrás de mim mais 4 timorenses. O fotógrafo pergunta-me qual era o “pano de fundo” que eu queria e mostrou-me: em tons de tigresa, safari (palmeiras numa paisagem árida), outro com canas de bambú, outro com um ripas de madeiras, um vermelho e outro branco... Ainda pensei em escolher o fundo em tigresa mas depois não combinava com a blusa e optei pelo branco! Devo dizer que pela cara do fotógrafo, ficou a achar que eu tinha um péssimo gosto. Dali disse-me que me podia vestir e apontou para uma “cabine” que estava atrás de mim. Eu pensei: “Vestir? Mas vestir como se eu estou vestida?!”. Quando olhei para a cabine nem queria acreditar, tinha uns cabides com blusas e camisas penduradas...só que as blusas já vinham com colares pendurados ou com laços e bandoletes para o cabelo....e as camisas já vinham com gravatas e laços também....também havia casacos para quem quisesse ir de “tailleur”, tudo em pelos menos 3 ou 4 cores se bem que o branco predominava. Mas o que mais me chocou nem foi isto, o que me deu vontade de sair dali a correr foi ver que as pessoas estavam a escolher o tamanho e a que mais lhe agradava, sendo que as camisas brancas estavam tanto ou tão pouco sujas que os colarinhos estavam pretos de sujidades e as “axilas” amarelas...tão nojento...
E pronto, quando recusei vestir aquilo e disse ao Sr. que queria ficar com a minha blusa, aí é que ele achou que eu era anormal!! Não resistiu e, entre dentes, soltou um “malai” que é como quem diz “portuguesa com a mania que as nossas coisas não são giras”. Pois é, eu e as minha manias....se não podia perfeitamente ter vestido aquela blusinha branca, de colarinho em tons de preto e com o colar cor-de-laranja já incorporado?! Podia sim senhora, às vezes sou muito “snobzinha”...
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Claudette!
Foi na segunda semana de trabalho... entrei no Gabinete da Chefe de Gabinete, tratei do que tinha a tratar e vim embora. Quando estou a fechar a porta, ouço: “Claudette?!”
“Nã”, pensei.... de repente senti-me na Texto Editores... até fiquei com medo que ela me fosse falar do Plano Editorial ou da auditoria da Qualidade ou se já tinha subido para 2ª prova o manual ou o caderno de exercícios ou se já tinha descido o ozalide....
Mas como é que me chamam isto quando me conhecem há “meia-dúzia” de dias??!! Acho o máximo!!
“Nã”, pensei.... de repente senti-me na Texto Editores... até fiquei com medo que ela me fosse falar do Plano Editorial ou da auditoria da Qualidade ou se já tinha subido para 2ª prova o manual ou o caderno de exercícios ou se já tinha descido o ozalide....
Mas como é que me chamam isto quando me conhecem há “meia-dúzia” de dias??!! Acho o máximo!!
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Calendário
É outra coisa muito sui generis por aqui...
O calendário de secretária diz que tenho feriado dia 29 de Setembro mas o calendário de parede diz que não tenho feriado!
Ok, o Xanana manda um comunicado a esclarecer: Feriado dia 1 de Outubro!! :s
Mai nada!!
Entretanto reparei que no calendário de parede, Dezembro só tem 30 dias... menos um dia de férias que gasto para ir a Portugal!! A não ser que o Xanana venha mudar isso também...era o que faltava!!
O calendário de secretária diz que tenho feriado dia 29 de Setembro mas o calendário de parede diz que não tenho feriado!
Ok, o Xanana manda um comunicado a esclarecer: Feriado dia 1 de Outubro!! :s
Mai nada!!
Entretanto reparei que no calendário de parede, Dezembro só tem 30 dias... menos um dia de férias que gasto para ir a Portugal!! A não ser que o Xanana venha mudar isso também...era o que faltava!!
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
See you later... alligator!
As nossas praias costumam ter bandeiras de côr para anunciar se podemos, ou não, ir tomar banho...
Por aqui isso não é necessário, o mar está sempre calmo e quando não está, as ondas atrevem-se a chegar-me aos tornozelos...
Agora o que eu acho é que deviam colocar uma única bandeira, se fosse caso disso: a bandeira crocodilo!!
Na sexta-feira, a UN (United Nations) distribuiu pelo Palácio do Governo um comunicado a dizer que tinham sido vistos crocodilos em algumas praias de Timor, sendo que duas delas, eu “costumo” frequentar...
Ora, foi uma sorte trabalhar ali e saber que tenho de ter muito cuidado se quiser ir à praia. Mas, e as pessoas que não sabem desta informação?! E se outro comunicado como este for distribuído num dia em que eu esteja de férias ou não vá trabalhar?!
Pelo sim, pelo não, antes de entrar na água fico 20m a olhar para o mar... só naquela de...
É o chamado “toké e foge”!!
Há coisas bem mais agradáveis para se ouvir durante a noite...há coisas bem mais agradáveis para se ter no quarto durante a noite... mas diz-se que quem não sabe e como quem não vê...
Enquanto me familiarizava com a mosquiteira, o meu primeiro cartão de visita: uma téké (osga fêmea). A primeira vontade foi saltar para o quarto do V. e pernoitar por lá mas não... engoli devagarinho, transpirei que nem um animal e deitei-me sem nunca mais me mexer... só os olhinhos!!
Para embalar, um som que não consigo transmitir... não era o “Oh Elsa!”, era qualquer coisa de mais calmo que parecia um papagaio que repetia “Toké, Toké”... a verdade é que embalou!
Em conversa no espaço lounge do CM, onde toda a gente quer saber tudo o que sentiste na primeira noite que passaste em Lorosae, comento a intromissão no meu quarto e a cantoria de ontem a noite...
“Ah, isso e normal, elas ate comem o mosquito da malária... e o que ouviste é um lagarto que quase nunca ninguém vê mas que é inofensivo... excepto quando salta para cima das pessoas!! É raro mas pode acontecer, normalmente eles escondem-se das pessoas mas se algum te saltar não tentes puxá-lo porque tem o efeito contrário, ele vai-se colar mais a ti e é cada vez mais difícil de o tirar...”
Enquanto eu fumava um cigarro cada vez mais nervosa, acrescentava:
“A única maneira que tens de o tirar é aproximares um cigarro ou qualquer coisa quente. Aí sim, começas a vê-lo soltar as unhas da tua pele...”
Daqui, assustada, fui à net pesquisar acerca do bicho:
Toké - lagarto especial, que emite uns sons que parecem dizer "tó ké", os quais repete muitas vezes. Dizem alguns indígenas que o número dessas vezes indica as horas que são; o que é certo é que esse número é muito variável, sucedendo que enquanto de uma vez repete o som por duas ou três vezes, de outras chega a sete e mais.
Engraçado é que nessa noite não o ouvi... se calhar eram 00h e não havia hora nenhuma para anunciar...
*Esta é uma téké
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Não há bicho que me morda!!
Eu costumava deitar-me ainda com o cheiro do meu perfume ou então do banho que acabara de tomar... agora deito-me com umas “gotas” de repelente... tenho para mim que, com este cheiro, se calhar não repele só mosquitos da malária...
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Praias
Dizem que são muito bonitas, dizem... eu tenho a mania de querer sentir tudo e prefiro confirmar o que dizem e formular a minha opinião... e uma mania...
Em tempos assinava a Volta ao Mundo (tenho a mania que sempre que posso viajo) e vi muitas fotos de praias fantásticas, destinos paradisíacos mas aquilo soava-me tudo a resorts de luxo, em tons de lua-de-mel ou viagem de finalistas ou pacotes organizados, em que não se sai do hotel porque esta tudo ali a mão de semear... nunca consegui verdadeiramente sentir aquelas descrições que os jornalistas escreviam... hoje percebo porque...porque não se conseguem descrever este tipo de coisas...há que sentir, só isso!
@ Timor
Tendo em conta que ja descrevi tudo no mail que vos mandei...
De Bali a Timor é mais ou menos esta a paisagem que se consegue ver... depois os olhos teimam em fechar-se e o som da música que se ouve no MP3 embala... Para aqueles que acham que eu nunca me canso: quando dei por mim, o trem de aterragem estava a tocar o alcatrão da pista, ainda tive tempo para ter um bocadinho de medo... Ainda hoje não consigo descrever como e que me senti naquela altura...
Uma coisa e certa se algum dia me quiserem cansar, quais noitadas, qual dançar até fechar, qual beber até cair.... se algum dia me quiserem cansar metam-me num avião a fazer uma viagem de 24h... talvez volte a ficar de rastos!
A sorte e que tinha uma grande abraço a minha espera!
V. só dizia: “vamos aqui por esta rua para não ficares já chocada” e eu pensava “se esta e a melhor rua para eu não ficar chocada...”. Depois percebe-se porquê...porque se dá de caras com um mar azul...com uma paisagem diferente de tudo...
Com um contraste de montanhas secas com um mar colorido... com casas abatidas pela guerra, buracos abertos nas paredes por balas de ira e com casas com ar habitável....campos de refugiados paredes meias com casas de embaixadores.....sorrisos brancos (ou não!!) com caras sujas e tristes... Mas já percebi que Timor e isto mesmo, um cenário de contrastes....
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Vou ali e já volto...
Vou ali e já volto... mas desta vez vou demorar um bocadinho mais, coisa pouca!
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Coincidências...ou não
Sei que as há, não sei se servem para alguma coisa...se não servirem a mim, que sirvam a alguém...
Diziam-me hoje que “às vezes há sinais e nós nem damos por eles”....
Eu tenho-me dado conta de alguns... e eu que sou distraída...
“Pois, é assim...”, dizia...
Diziam-me hoje que “às vezes há sinais e nós nem damos por eles”....
Eu tenho-me dado conta de alguns... e eu que sou distraída...
“Pois, é assim...”, dizia...
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Incompatibilidades
Devias saber que uma “Velha Infância” deve ser incompatível com uma Carla Bruni...
E sabes não é?!
E sabes não é?!
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Quiz
Quantas faixas de rodagem, no mesmo sentido, tem a Av. 5 de Outubro em Lisboa?
a) Nenhuma
b) Uma
c) Duas
A resposta correcta é a “b) Uma”.
Para quem conhece, existem de facto duas faixas…só que apenas uma (a da esquerda) é que é de rodagem! A outra é a chamada “faixa de paragem” porque serve muito mais para os carros pararem do que outra coisa. Percorrer a 5 de Outubro, na faixa da direita, é uma verdadeira gincana. E, às 8.55h, quem não gosta de fazer gincanas de mota quando estão centenas de carros na rua e quando tem pressa de chegar a algum lado?
Percebem porque é que eu digo “é este o país que temos?!”
De maneiras que é assim…
a) Nenhuma
b) Uma
c) Duas
A resposta correcta é a “b) Uma”.
Para quem conhece, existem de facto duas faixas…só que apenas uma (a da esquerda) é que é de rodagem! A outra é a chamada “faixa de paragem” porque serve muito mais para os carros pararem do que outra coisa. Percorrer a 5 de Outubro, na faixa da direita, é uma verdadeira gincana. E, às 8.55h, quem não gosta de fazer gincanas de mota quando estão centenas de carros na rua e quando tem pressa de chegar a algum lado?
Percebem porque é que eu digo “é este o país que temos?!”
De maneiras que é assim…
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
E fui para casa mais cedo...
Reacção ou não à vacina...a verdade é que não me sentia doente há anos. Nem me lembro da última vez em que isso aconteceu...
Mas esta sexta-feira foi demais, saí do sítioondeeutrabalho rumo a casa onde ficarei até que isto me passe! A ficar doente que fique "tudo hoje"... amanhã é que não pode ser! ;)
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Cada tiro, cada pato!
Situação A
Eu e o meu “chefinho” trocávamos emails enquanto decorria uma reunião chata. Ele pediu-me para eu pedir “não sei o quê” e eu para lhe dar conta de que o pedido estava feito, enviei-lhe um mail que dizia: “Peido feito!”… esqueci-me de escrever o “d” no meio :/
Claro que quando olhámos um para o outro, sem tecer comentários, rimos o que conseguimos… e eu claro, roxa de vergonha!
Situação B
Eu e um amigo costumamos atender as nossas chamadas (a minha para ele e a dele para mim) com uma de duas frases:
- P**** e B**** ao domicílio, boa tarde!
Ou então,
- Casa de massagens Solange!
Até aqui tudo bem… não fosse eu ligar-lhe a partir do telefone fixo da minha secretária. Ora o telefone está numa ponta e eu precisava de mexer nuns papéis que estavam na outra ponta oposta de maneiras que estava a fazer a chamada em alta voz.
Eis se não quando, ele atende o telefone ao mesmo tempo que entra uma colega no meu gabinete e quando ela vai abrir a boca para me dizer qualquer coisa, só se ouve:
- P**** e B**** ao domicílio, boa tarde!
E antes que eu conseguisse fazer alguma coisa, ele ainda acrescentou:
- Esta semana temos uma promoção: se….
Mas aqui consegui levantar o auscultador e chegar a tempo de interromper as promoções da semana.
Morri de vergonha, eu e a minha colega….durante 2’ não soube sequer o que dizer e ela estava igual…Mas esses 2’ só duraram exactamente 2’ antes de nos rebolarmos no chão a rir….
Eu e o meu “chefinho” trocávamos emails enquanto decorria uma reunião chata. Ele pediu-me para eu pedir “não sei o quê” e eu para lhe dar conta de que o pedido estava feito, enviei-lhe um mail que dizia: “Peido feito!”… esqueci-me de escrever o “d” no meio :/
Claro que quando olhámos um para o outro, sem tecer comentários, rimos o que conseguimos… e eu claro, roxa de vergonha!
Situação B
Eu e um amigo costumamos atender as nossas chamadas (a minha para ele e a dele para mim) com uma de duas frases:
- P**** e B**** ao domicílio, boa tarde!
Ou então,
- Casa de massagens Solange!
Até aqui tudo bem… não fosse eu ligar-lhe a partir do telefone fixo da minha secretária. Ora o telefone está numa ponta e eu precisava de mexer nuns papéis que estavam na outra ponta oposta de maneiras que estava a fazer a chamada em alta voz.
Eis se não quando, ele atende o telefone ao mesmo tempo que entra uma colega no meu gabinete e quando ela vai abrir a boca para me dizer qualquer coisa, só se ouve:
- P**** e B**** ao domicílio, boa tarde!
E antes que eu conseguisse fazer alguma coisa, ele ainda acrescentou:
- Esta semana temos uma promoção: se….
Mas aqui consegui levantar o auscultador e chegar a tempo de interromper as promoções da semana.
Morri de vergonha, eu e a minha colega….durante 2’ não soube sequer o que dizer e ela estava igual…Mas esses 2’ só duraram exactamente 2’ antes de nos rebolarmos no chão a rir….
domingo, 31 de agosto de 2008
É de ficar de olhos em bico!
Instituto de Medicina Tropical, médico que não tinha mais de 27 anos, giro e com a mania que era giro, sábado, 15h, um dia magnífico, com pressa para depois ir “esplanar”…
- Ora bem, então leva a da malária para 2 meses e depois logo decide se quer tomar mais tempo…
- Pois, mas essa disseram-me que não valia a pena tomar porque faz imenso mal ao fígado além de que não serve mais do que 4 meses.
- Sim, também pode não tomar porque de facto arrasa o fígado e depois se tiver algum sintoma, vai ao médico. É verdade que faz mais mal fazer a prevenção do que curar se apanhar alguma coisa…
- Pronto, então vai levar estas vacinas, leva já 2 e depois leva as outras 3 e leva estes medicamento just in case de precisar.
- Não me receita a vacina da encefalite japonesa? É que me disseram que essa era muito importante.
- Olhe, AQUI NO LIVRO diz que se pode, ou não, receitar. Mas se me está a dizer que lhe disseram que é importante…eu receito-a também!
- Sim, mas se o Dr. achar que não…
- Não, não, aqui no livro também sugere essa vacina…eu é que estava a ver que já vai levar muitas…
Eu ainda lhe disse: “O livro?!” ao que ele respondeu que não pode saber tudo…
Bem sei mas…terei sido eu a primeira a ir a estas consulta?!
Depois de levar 2 vacinas fui pagar..
- São 60 euros, se faz favor?
- Como?!
- 60 euros.
- Mas já com as vacinas que ainda tenho que levar?
- Não, não, essas paga à parte.
Nem queria acreditar… ter-me-ia saído bem mais barato se fosse à FNAC comprar o livro. Não custaria nem de perto nem de longe este valor e ainda tinha a vantagem de ter outros países caso me apetecesse viajar por outros lados.
- Ora bem, então leva a da malária para 2 meses e depois logo decide se quer tomar mais tempo…
- Pois, mas essa disseram-me que não valia a pena tomar porque faz imenso mal ao fígado além de que não serve mais do que 4 meses.
- Sim, também pode não tomar porque de facto arrasa o fígado e depois se tiver algum sintoma, vai ao médico. É verdade que faz mais mal fazer a prevenção do que curar se apanhar alguma coisa…
- Pronto, então vai levar estas vacinas, leva já 2 e depois leva as outras 3 e leva estes medicamento just in case de precisar.
- Não me receita a vacina da encefalite japonesa? É que me disseram que essa era muito importante.
- Olhe, AQUI NO LIVRO diz que se pode, ou não, receitar. Mas se me está a dizer que lhe disseram que é importante…eu receito-a também!
- Sim, mas se o Dr. achar que não…
- Não, não, aqui no livro também sugere essa vacina…eu é que estava a ver que já vai levar muitas…
Eu ainda lhe disse: “O livro?!” ao que ele respondeu que não pode saber tudo…
Bem sei mas…terei sido eu a primeira a ir a estas consulta?!
Depois de levar 2 vacinas fui pagar..
- São 60 euros, se faz favor?
- Como?!
- 60 euros.
- Mas já com as vacinas que ainda tenho que levar?
- Não, não, essas paga à parte.
Nem queria acreditar… ter-me-ia saído bem mais barato se fosse à FNAC comprar o livro. Não custaria nem de perto nem de longe este valor e ainda tinha a vantagem de ter outros países caso me apetecesse viajar por outros lados.
sábado, 30 de agosto de 2008
Aos primos em Singapura!
Acham que dá para dormir hoje?!
É que os vossos emails chegam-me ao Blackberry (que está em cima da mesa de cabeceira) às 3h e 4h, quando a pessoa está no auge do sono…
Eu leio-os, na certa… mas após as duas gargalhadas custa-me a adormecer!
De qualquer forma, pelo sim pelo não, hoje não me enganam e coloco no silêncio! :)
Caé, adoro quando terminas o email com “Adeus vou-me embora pois já está a borriçar”!
É que os vossos emails chegam-me ao Blackberry (que está em cima da mesa de cabeceira) às 3h e 4h, quando a pessoa está no auge do sono…
Eu leio-os, na certa… mas após as duas gargalhadas custa-me a adormecer!
De qualquer forma, pelo sim pelo não, hoje não me enganam e coloco no silêncio! :)
Caé, adoro quando terminas o email com “Adeus vou-me embora pois já está a borriçar”!
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Apanhei a “Honda”
Não consigo resistir à minha mota…é tãaaaaaaaaaaaaaao gira!
Adoro conduzi-la e sempre que posso deixo o carro na garagem.
Estou viciada e eu que dizia que no Inverno a deixaria… não sei não…
Já me perguntaram, num semáforo e enquanto a estacionava num passeio, se era a “4 tempos”… acham que eu sei essas coisas?! Por acaso esta sabia… :))… é a 4 sim sra! O que quer que isso queira dizer! Terminam sempre a dizer que a mota é muito gira!
Agora que o mar, vulgo trânsito, em Lisboa está flat, apanhei esta “Honda” e não quero outra coisa! Já não tenho que aturar motoristas resmungões… nem eles ficam a saber para onde vou nem o tempo que demoro… pelo menos por agora… no Inverno talvez venhamos a falar!
Adoro conduzi-la e sempre que posso deixo o carro na garagem.
Estou viciada e eu que dizia que no Inverno a deixaria… não sei não…
Já me perguntaram, num semáforo e enquanto a estacionava num passeio, se era a “4 tempos”… acham que eu sei essas coisas?! Por acaso esta sabia… :))… é a 4 sim sra! O que quer que isso queira dizer! Terminam sempre a dizer que a mota é muito gira!
Agora que o mar, vulgo trânsito, em Lisboa está flat, apanhei esta “Honda” e não quero outra coisa! Já não tenho que aturar motoristas resmungões… nem eles ficam a saber para onde vou nem o tempo que demoro… pelo menos por agora… no Inverno talvez venhamos a falar!
Time Out
É a chamada “dor de cotovelo”
Eu não gosto particularmente do mês de Agosto mas...também não era preciso isto!
É assim que tenho passado as semanas deste mês… deitada no tapete da sala, apoiada nos cotovelos e a corrigir um livro. Mas quem é que me manda a mim? É que são 1000 páginas (não, não me enganei no zero!). Finalmente chegam ao fim… faltam-me 80….para voltar a ler tudo outra vez!
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Quem canta, seus males espanta...
- Hoje vi-te no Campo Grande. Estava parado num semáforo quando vejo uma mota amarela. Caiu-me a ficha e pensei: “Eu conheço alguém que tem uma mota amarela”. Depois caiu-me a 2ª ficha e pensei: “Claro que conheço, é a Cláudia!”. E lá estavas tu parada à espera que o sinal abrisse.
Olha lá mas tu tens algum auricular? Vais a ouvir música ou a falar ao telemóvel?
- Nem uma coisa nem outra, vou mesmo é a… cantar!!
- É que vi-te e não paravas de mexer os lábios. Pensei: “Das duas, três. Ou vai a falar com ela própria ou vai ao telemóvel”
- Pois… é que vou mesmo a cantar… dá-me vontade e canto! Se calhar até canto muito alto porque mesmo dentro de um capacete, consigo ouvir-me! E as pessoas dos carros, paragens de autocarros e os peões olham para mim como se fosse a passar um alien…. Se calhar até sou… mas disfarçado de humano!
(O pior disto é levar com os mosquitos na cara! Qualquer dia chego a casa e estou “tipo grelha de carro”, com os dentes cheios de mosquitos (que nojo)… Já tive a “sorte” de me bater um zangão bem no meio dos lábios… mas nessa altura ia a assobiar o refrão da canção!)
De maneiras que é assim…
Olha lá mas tu tens algum auricular? Vais a ouvir música ou a falar ao telemóvel?
- Nem uma coisa nem outra, vou mesmo é a… cantar!!
- É que vi-te e não paravas de mexer os lábios. Pensei: “Das duas, três. Ou vai a falar com ela própria ou vai ao telemóvel”
- Pois… é que vou mesmo a cantar… dá-me vontade e canto! Se calhar até canto muito alto porque mesmo dentro de um capacete, consigo ouvir-me! E as pessoas dos carros, paragens de autocarros e os peões olham para mim como se fosse a passar um alien…. Se calhar até sou… mas disfarçado de humano!
(O pior disto é levar com os mosquitos na cara! Qualquer dia chego a casa e estou “tipo grelha de carro”, com os dentes cheios de mosquitos (que nojo)… Já tive a “sorte” de me bater um zangão bem no meio dos lábios… mas nessa altura ia a assobiar o refrão da canção!)
De maneiras que é assim…
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
T., hoje ainda continua a ser o teu dia…
Há sempre alguém que nos diz “Tem cuidado!”.
Há sempre alguém que nos faz pensar um pouco.
Há sempre alguém que nos faz falta.
Ah… saudade!
Há sempre alguém que nos faz pensar um pouco.
Há sempre alguém que nos faz falta.
Ah… saudade!
Ma(n)donna
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Hoje...
Acordei sem vontade, tomei banho sem vontade, peguei na mota sem vontade, trabalhei sem vontade, comi sem vontade, sorri sem vontade, falei sem vontade...
O dia de hoje foi uma grande encavadela, foi o que foi!
O dia de hoje foi uma grande encavadela, foi o que foi!
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Isto é que é @rte!
LeRoi Moore - Dave Matthews Band
Le Roi Moore, saxofonista americano e um dos fundadores do grupo Dave Matthews Band, faleceu dia 19 de Agosto.
A 30 de Junho, Moore tinha tido um acidente na sua Quinta. Resultado disso, partiu várias costelas tendo sido hospitalizado e saído alguns dias depois. Voltou a ser hospitalizado a meados de Julho e acabou por não recuperar.
Silly season
Gosto desta coisa da silly season… mas só porque vejo a felicidade na cara das pessoas. Porque esta é uma época alegre para toda a gente, mesmo os mais sérios atrevem-se a dizer que estão bem dispostos e dizem que é tudo culpa da silly season! Pois é…
Eu sei que já começou há algum tempo mas lembrei-me hoje porque recebi um telefonema de um amigo que me disse:
- Sabes, acho que estou apaixonado…
Mais tarde, liga-me uma amiga e diz-me a mesma coisa.
E não é que é um pelo outro? Estúpidos! ;)
E eu gosto de ver o ar feliz das pessoas… e por isso gosto da silly season…
É bom que goste porque, como se diz em “Cabanês”: "Estamos no tempo dela não é?!"
Embora também se possa perfeitamente dizer: "silly season? Eh pa, isso é uma grande encavadela!"
De maneiras que é assim…
Eu sei que já começou há algum tempo mas lembrei-me hoje porque recebi um telefonema de um amigo que me disse:
- Sabes, acho que estou apaixonado…
Mais tarde, liga-me uma amiga e diz-me a mesma coisa.
E não é que é um pelo outro? Estúpidos! ;)
E eu gosto de ver o ar feliz das pessoas… e por isso gosto da silly season…
É bom que goste porque, como se diz em “Cabanês”: "Estamos no tempo dela não é?!"
Embora também se possa perfeitamente dizer: "silly season? Eh pa, isso é uma grande encavadela!"
De maneiras que é assim…
Jogos Olímpicos e assim...
Nós não somos máquinas, podemos dar o nosso melhor e não conseguir o objectivo que nos propomos mas é tão melhor admitirmos que “não conseguimos” do que dizer coisas da boca para fora. Fica-nos tão mal!
Fica aqui um apanhado, não que não estejam já fartos de ouvir falar nisto, embora os textos não sejam exactamente ipsis verbis.
Nós gostamos igualmente dos atletas que trazem medalhas como dos que não trazem, agora gostamos menos é dos que fazem comentários tontos e infantis…Não sabem “encarar o touro pelos cornos” ?!
Eu tenho sérias dificuldades em escolher a melhor declaração…aceitam-se votações!
“Não tivemos uma competição justa. Lutei um pouco contra os árbitros. Saí com vontade de rir. Pensei que estava a lutar contra quatro pessoas.”
Telma Monteiro
Judoca, categoria -52Kg
“Não me adaptei ao horário matinal da prova. De manhã só é bom é na caminha, pelo menos comigo"
Marco Fortes
Lançamento do peso
“Vou de férias (…) não corro nos 5.000 metros porque não vale a pena, dada a forte concorrência africana.”
Jéssica Augusto
3.000m obstáculos
"Bloqueei quando viu o estádio olímpico cheio.”
Arnaldo Abrantes
200m
"Não sou muito dada a este tipo de competições."
Vânia Silva
Lançamento do martelo
Fica aqui um apanhado, não que não estejam já fartos de ouvir falar nisto, embora os textos não sejam exactamente ipsis verbis.
Nós gostamos igualmente dos atletas que trazem medalhas como dos que não trazem, agora gostamos menos é dos que fazem comentários tontos e infantis…Não sabem “encarar o touro pelos cornos” ?!
Eu tenho sérias dificuldades em escolher a melhor declaração…aceitam-se votações!
“Não tivemos uma competição justa. Lutei um pouco contra os árbitros. Saí com vontade de rir. Pensei que estava a lutar contra quatro pessoas.”
Telma Monteiro
Judoca, categoria -52Kg
“Não me adaptei ao horário matinal da prova. De manhã só é bom é na caminha, pelo menos comigo"
Marco Fortes
Lançamento do peso
“Vou de férias (…) não corro nos 5.000 metros porque não vale a pena, dada a forte concorrência africana.”
Jéssica Augusto
3.000m obstáculos
"Bloqueei quando viu o estádio olímpico cheio.”
Arnaldo Abrantes
200m
"Não sou muito dada a este tipo de competições."
Vânia Silva
Lançamento do martelo
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
“Nós” ainda não estamos preparados…
Estou completamente viciada na minha motinha!
Sempre que posso, vou com ela para qualquer lado, já me adaptei à condução em Lisboa embora essa seja sempre uma constante surpresa!
Nunca tinha reparado, porque nunca “tive necessidade”, mas agora que estou mais sensível aos “motoqueiros” só posso concordar quando ouço dizer que Lx está cheia de buracos, que não é uma cidade fácil para se andar de mota e, pior, que está cheia de pessoas que detestam e não têm o mínimo respeito pelas motas.
Ora, bem sei que não é novidade mas tenho ficado de boca aberta com algumas situações com que me tenho deparado e o pior é que acho que isto não é nada se tivermos em conta que a cidade está “vazia”.
Os meus amigos, que só têm andado de carro comigo, têm a mania de dizer que eu sou refilona. Por acaso até acho que não sou muito e quando refilo é “para dentro”…. para dentro do carro pelo menos! É que eu não me consigo calar quando vejo perfeitos anormais a fazerem barbaridades na estrada e a pôr em risco a saúde pública e a mexer nos bolsos alheios… Choca-me!
Agora imaginem tudo isto mas em 2 rodas…é gritante!
O que eu mais gosto é quando desafio a virilidade dos “nossos” homens!
Desafio é como quem diz, eu sou super tranquila, pacífica, estou na minha vidinha, não atrapalho ninguém… só que tenho uma mota e como tal, sempre que isso não representa perigo para ninguém, atrevo-me a passar entre os carros e a chegar um bocadinho mais à frente ou não fosse essa uma das vantagens da mota.
O pior é quando existem carros conduzidos por verdadeiros machões, que se sentem ameaçados por uma mota amarela, de 50Cc e ainda por cima conduzida por uma mulher! Imagino o que lhes passe pela cabeça:
- Mas o que é isto? Onde é que já se viu uma motazeca destas a arrancar antes do meu carro?! Deixa-me apanhá-la no próximo sinal… vai ver… para já tapo-lhe a passagem e depois quando arrancar “dou-lhe uma guinada” que ela até apita!
E isto é quase o dia-a-dia. Não passa pelo menos um em que não apanhe um exemplar destes!
Com estes já quase que me atrevo a dizer que estou habituada mas hoje fiquei duplamente espantada quando esta cena se repetiu mas tendo uma desta vez contracenei com uma actriz!
Curiosamente coincidiu com o meu primeiro susto de mota!
Estava parada num semáforo, que sei que demora eternidades a ficar verde, e como os ósculos de sol me estavam a magoar tirei o capacete para os ajeitar. Levei logo uma apitadela do carro do lado esquerdo que devia ter medo que o sinal abrisse e eu não tivesse tempo para sair dali. Pensei: “Nem vou olhar… só pelo espelho”.
Dentro do carro uma sra. abanava a cabeça como sinal de reprovação.
Deu tempo para colocar os óculos e o capacete e ainda esperei pelo sinal verde. Arrancámos ao mesmo tempo, lado a lado, o carro e a mota sendo que o carro estava a “empurrar-me” mesmo sem o estar a estorvar e eu acabei por reduzir a velocidade e deixar a sra. passar ao mesmo tempo que ela esboçou um sorriso. Até o entendi como uma espécie de agradecimento…
Próximo semáforo, a mesma sra. tranca-me no meio dos carros e eu não consigo passar para lado nenhum senão ficar a meio do carro dela. O sinal volta a abrir, nós voltámos a arrancar lado a lado e ela volta a fazer-me a mesma coisa. Eu olhei para ela discretamente, ela volta a sorrir mas eu não lhe achei piadinha nenhuma! Eu voltei a abrandar só que desta vez “pirei-me” pelo lado de fora da rotunda do Marquês que era, de resto, a que mais me convinha. Não é que quando estava parada na Brancaamp, para virar à esquerda, a “croma” pára do meu lado direito?! Tenho a certeza de que se ela fosse virar à esquerda como eu, me faria a mesma coisa. A pessoa até costuma ser calma e paciente mas esta gente não merece nadinha! Não lhes dou razão, obviamente, mas até consigo perceber quando há um ou outro que buzina mais insistentemente. Que falta de civismo meus senhores! Já que não pensam no “próximo” pensem pelo menos neles…é que a fazer mossa, fazia aos dois!
De maneiras que é assim…
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Autobiografia em Cinco Capítulos
Capítulo 1†
Vou andando pela rua.
Há um grande buraco na calçada.
Caio.
Estou perdido. Não sei o que fazer.
Não é culpa minha.
Demoro séculos para encontrar a saída.
Capítulo 2†
Caminho pela mesma rua.
Há um grande buraco na calçada.
Finjo que não o vejo.
Volto a cair.
Não posso acreditar que tenha caído no mesmo lugar.
Mas não é culpa minha.
Levo bastante tempo a sair.
Capítulo 3†
Ando pela mesma rua.
Há um grande buraco na calçada.
Está ali.
Caio. É um hábito, mas tenho os olhos bem abertos.
Sei onde estou.
É culpa minha.
Saio rapidamente.
Capítulo 4†
Vou pela mesma rua.
Há um grande buraco na calçada.
Dou a volta.
Capítulo 5†
Caminho por outra rua.
De Portia Nelson.
Muito bom este poema...quase que se poderia dizer que estava ao nível de um Fernando Pessoa... mas não! A esse é difícil chegar...
Vou andando pela rua.
Há um grande buraco na calçada.
Caio.
Estou perdido. Não sei o que fazer.
Não é culpa minha.
Demoro séculos para encontrar a saída.
Capítulo 2†
Caminho pela mesma rua.
Há um grande buraco na calçada.
Finjo que não o vejo.
Volto a cair.
Não posso acreditar que tenha caído no mesmo lugar.
Mas não é culpa minha.
Levo bastante tempo a sair.
Capítulo 3†
Ando pela mesma rua.
Há um grande buraco na calçada.
Está ali.
Caio. É um hábito, mas tenho os olhos bem abertos.
Sei onde estou.
É culpa minha.
Saio rapidamente.
Capítulo 4†
Vou pela mesma rua.
Há um grande buraco na calçada.
Dou a volta.
Capítulo 5†
Caminho por outra rua.
De Portia Nelson.
Muito bom este poema...quase que se poderia dizer que estava ao nível de um Fernando Pessoa... mas não! A esse é difícil chegar...
“Grande encavadela”
Escusam de procurar que dificilmente encontram esta palavra dicionarizada!
Existe sim num “dicionário oral” mas nem é o dicionário “Cabanês” (e sobre esse tanto haveria para dizer!). Talvez só a consiga encontrar na boca de dois amigos, que por sinal até são irmãos, o que me leva a crer que é portanto uma palavra “caseira”, isto é feita em casa!
Há anos que dizem isto mas só neste fds é que a coisa soou de outra maneira…
A verdade é que ninguém consegue pronunciar da mesma maneira que eles, e olhem que nós tentámos, oh se tentámos!
“A coisa” descobriu-se no sábado mas no domingo é que foi o auge da grande encavadela. Rimo-nos a bandeiras despregadas… porque qualquer coisa poderia ser uma grande encavadela:
a)
- Comemos caracóis aqui?
- Eh pa, se não forem bons podemos apanhar uma grande encavadela!
b)
- Bem, já viram o trânsito?
- Vamos apanhar uma grande encavadela!
c)
- Alguém consegue desmontar estas tendas?
- Pois é, isto para montar são 2 segundos mas para desmontar é uma grande encavadela!
d)
- Já imaginaram se começa a chover?
- Bem, se começar a chover é que é uma grande encavadela!
...
De maneiras que é assim...
Existe sim num “dicionário oral” mas nem é o dicionário “Cabanês” (e sobre esse tanto haveria para dizer!). Talvez só a consiga encontrar na boca de dois amigos, que por sinal até são irmãos, o que me leva a crer que é portanto uma palavra “caseira”, isto é feita em casa!
Há anos que dizem isto mas só neste fds é que a coisa soou de outra maneira…
A verdade é que ninguém consegue pronunciar da mesma maneira que eles, e olhem que nós tentámos, oh se tentámos!
“A coisa” descobriu-se no sábado mas no domingo é que foi o auge da grande encavadela. Rimo-nos a bandeiras despregadas… porque qualquer coisa poderia ser uma grande encavadela:
a)
- Comemos caracóis aqui?
- Eh pa, se não forem bons podemos apanhar uma grande encavadela!
b)
- Bem, já viram o trânsito?
- Vamos apanhar uma grande encavadela!
c)
- Alguém consegue desmontar estas tendas?
- Pois é, isto para montar são 2 segundos mas para desmontar é uma grande encavadela!
d)
- Já imaginaram se começa a chover?
- Bem, se começar a chover é que é uma grande encavadela!
...
De maneiras que é assim...
C@mping
* Não estava assim tão cheio mas parecia!
A ideia partiu de um, multiplicou-se para três e somaram-se mais cinco…
Éramos, portanto, 8 felizardos que havíamos combinado acampar algures na Costa Alentejana. E “algures” poderia ter mesmo sido o caso. O fds era grande, tinha mais 24h que os outros e os parques estavam cheios pois “comcesteza”. Já íamos a pensar que não era fácil arranjar lugar e muito menos todos juntos uns dos outros. A verdade é que se calhar até nos apetecia correr o risco de fazer uma coisa “selvagem”…
Os primeiros parques confirmavam a suspeita e a malta começava a desanimar um bocadinho… de maneiras que, já rondava a hora de almoço, nada melhor que um belo repasto! Não que estivéssemos desanimados mas a coisa animou quando a X. viu despejarem na sua mala os restos de comida de um travessa! De rir às gargalhadas quando a sra. que servia leva na ponta dos dedos uma mala carregada de restos… parecia que havia sido decorada!
Bom, mas vamos lá a sair daqui porque assim não é hoje que conseguimos encontrar um poiso!
No meio de um parque a abarrotar, lá encontramos uma fila enorme para tentar reservar lugar e vá lá que por volta das 17h conseguimos assentar arraiais! 5 tendinhas viradas para um centro onde montámos a nossa sala de jantar! Claro que o nosso espírito ficou um bocadinho aquém do verdadeiro campista… não fossem a A. a levar a mesa para a ceia, o P. a luz para ver o que estávamos a comer, o N. a levar o seu canivete suíço para abrir a garrafa de vinho e a X. a levar o Jameson…a coisa estava bonita estava! É que “os outros” (R., O. A. e eu) não levaram nada…eu então nem o colchão das abdominais (daquelas que não faço). Mas também acho que se levasse não cabia na tenda que reservaram para mim, um T2 onde nem o R. lá cabia! Francamente A. isso é tenda que se apresente??!! ;))
Depois, pronto, foi a parte fácil…. foi só conviver e suportar os gritos das “ssoas” das outras tendas, das crianças, os roncos do P. que estava na tenda do lado, as filas para tomar banho, a fila para o snack-bar do parque….
É por estas que eu detesto férias no mês de Agosto mas é pelas outras que não me importo de suportar este tipo de fins-de-semana.
Podia-se dizer que tinha sido uma “grande encavadela” ou isto ou aquilo… ‘ma não’!”
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Le cool magazine
A Le cool magazine é uma revista semanal grátis, que apresenta uma selecção de concertos, d.j. sets, exposições, exibições de filmes antigos, peças de teatro e uma série de outros eventos culturais e de entretenimento. A le cool é também um guia de lojas, restaurantes, bares e outros locais de ócio, sem serem necessariamente trendy, apenas com qualidade e que valham realmente a pena. Em vez de impressa, esta magazine é enviada todas as quintas por e-mail aos seus subscritores, num formato gráfico horizontal, para ser consultada página à página, como se fosse uma revista de modelo tradicional, em papel. Assine agora, é grátis e totalmente indolor!
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Um dia...
sábado, 9 de agosto de 2008
A 08 do 08 de... 2006!
Há precisamente 2 anos, mudei-me para a minha casa.
Fiz a escritura 3 meses antes mas, teimosa como sou, só quando a consegui mobilar é que me mudei...
Não sei porquê mas nessa noite não preguei olho...
Fiz a escritura 3 meses antes mas, teimosa como sou, só quando a consegui mobilar é que me mudei...
Não sei porquê mas nessa noite não preguei olho...
terça-feira, 5 de agosto de 2008
sábado, 2 de agosto de 2008
Musique française
É pouco conhecida mas tem coisas muito boas e não falo só de “Edites Piafes” nem de “Jacques Brels” ou “Sérgio Gainsbourgues”. São muitos, são modernos e ouvem-se muito bem…
Uma das coisas que eu e a Merche “discutimos” são as letras das músicas. É sobretudo engraçado porque nenhuma das duas é nativa da língua mas fazemos questão de desenvolver as nossas teorias acerca… normalmente são sempre díspares!
Este ano o prémio vai para Corneille (já do ano passado) e Pauline…
Parque qu’on vient de loin
Corneille
Nous sommes nos propres pères
Si jeunes et pourtant si vieux, ça me fait penser, tu sais
Nous sommes nos propres mères
Si jeunes et si sérieux, mais ça va changer
On passe le temps à faire des plans pour le lendemain
Pendant que le beau temps passe et nous laisse vide et incertain
On perd trop de temps à suer et s'écorcher les mains
A quoi ça sert si on n'est pas sûr de voir demain
A rien
Alors on vit chaque jour comme le dernier
Et vous feriez pareil si seulement vous saviez
Combien de fois la fin du monde nous a frôlés
Alors on vit chaque jour comme le dernier
Parce qu'on vient de loin
Quand les temps sont durs
On se dit : "Pire que notre histoire n'existe pas"
Et quand l'hiver perdure
On se dit simplement que la chaleur nous reviendra
Et c'est facile comme ça
Jour après jour
On voit combien tout est éphémère
Alors même en amour
J'aimerai chaque reine
Comme si c'était la dernière
L'air est trop lourd
Quand on ne vit que sur des prières
Moi je savoure chaque instant
Bien avant que s'éteigne la lumière
Allô le monde
Pauline
(Refrain)
Allô le monde
Est-ce que tout va bien
Allô le monde
Je n'y comprends plus rien
Allô le monde
Prends soin de toi
Allô le monde
Ne te laisse pas aller comme ça
comme ça
Uma das coisas que eu e a Merche “discutimos” são as letras das músicas. É sobretudo engraçado porque nenhuma das duas é nativa da língua mas fazemos questão de desenvolver as nossas teorias acerca… normalmente são sempre díspares!
Este ano o prémio vai para Corneille (já do ano passado) e Pauline…
Parque qu’on vient de loin
Corneille
Nous sommes nos propres pères
Si jeunes et pourtant si vieux, ça me fait penser, tu sais
Nous sommes nos propres mères
Si jeunes et si sérieux, mais ça va changer
On passe le temps à faire des plans pour le lendemain
Pendant que le beau temps passe et nous laisse vide et incertain
On perd trop de temps à suer et s'écorcher les mains
A quoi ça sert si on n'est pas sûr de voir demain
A rien
Alors on vit chaque jour comme le dernier
Et vous feriez pareil si seulement vous saviez
Combien de fois la fin du monde nous a frôlés
Alors on vit chaque jour comme le dernier
Parce qu'on vient de loin
Quand les temps sont durs
On se dit : "Pire que notre histoire n'existe pas"
Et quand l'hiver perdure
On se dit simplement que la chaleur nous reviendra
Et c'est facile comme ça
Jour après jour
On voit combien tout est éphémère
Alors même en amour
J'aimerai chaque reine
Comme si c'était la dernière
L'air est trop lourd
Quand on ne vit que sur des prières
Moi je savoure chaque instant
Bien avant que s'éteigne la lumière
Allô le monde
Pauline
(Refrain)
Allô le monde
Est-ce que tout va bien
Allô le monde
Je n'y comprends plus rien
Allô le monde
Prends soin de toi
Allô le monde
Ne te laisse pas aller comme ça
comme ça
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
Só pode ser por isso...
Não sou muito dada a “taras e manias” mas confesso que tenho uma incontornável: dá-me um prazer enorme fumar um cigarro quando saio de um banho de mar. Seco as mãos e os lábios e deixo-me ficar ali a vaguear no fumo de um sabor a Camel. Guardo a beata no cimo de um monte de areia e no fim do dia abandono a praia com as beatas num saco. Acabo por deitar no lixo um certo número de “prazeres” que aquele dia me concedeu.
Hoje, enquanto enterro e desenterro os pés e as mãos na areia, enquanto faço desenhos ou somente enquanto deixo os meus pensamentos escorrerem pela areia que me cai das mãos, dou-me conta da quantidade de “prazeres” que se fizeram sentir naquela praia. Não há pé nem mão que desenterre e que não traga um resquício de prazer de alguém. Como não quero acreditar que as pessoas sejam tão sujas e/ou preguiçosas que não levem consigo as beatas dos cigarros que fumaram, prefiro pensar que querem apenas partilhar com os outros os momentos de prazer que tiveram por ali, prefiro pensar que sou eu que sou egoísta e que levo comigo os "prazeres" que a mim me pertenceram...
Hoje, enquanto enterro e desenterro os pés e as mãos na areia, enquanto faço desenhos ou somente enquanto deixo os meus pensamentos escorrerem pela areia que me cai das mãos, dou-me conta da quantidade de “prazeres” que se fizeram sentir naquela praia. Não há pé nem mão que desenterre e que não traga um resquício de prazer de alguém. Como não quero acreditar que as pessoas sejam tão sujas e/ou preguiçosas que não levem consigo as beatas dos cigarros que fumaram, prefiro pensar que querem apenas partilhar com os outros os momentos de prazer que tiveram por ali, prefiro pensar que sou eu que sou egoísta e que levo comigo os "prazeres" que a mim me pertenceram...
Na minha (ex)piscina...
Já repararam no anúncio do Meo ao canal Disney?!
Não reconhecem aquele lugar?!
Ah pois é... filmado na minha (ex)piscina da minha (ex)casa no Parque Europa... ainda não fui lá mergulhar este ano... agora depois disto não sei se não vão cobrar entrada!! :))
Como diz o outro: "Há vidas mais baratas... mas não são tão boas!"
quinta-feira, 31 de julho de 2008
Não fui mas gostaria de ter ido…
Festival Músicas do Mundo – Sines/Porto Côvo
Há alguns anos que frequento o FMM e adoro. Gosto de tudo, das músicas, do ambiente, das arrefadas dos Galegos, do “Isto e aquilo”, do “Ponto de encontro”, das pessoas que se conhecem e das que reencontramos, da praia violenta na outra ponta, das jantaradas nos “restaurãs” e de tudo o que Sines/Porto Côvo me faz lembrar.
Os "Reis da Conveniência" - Kings of Convenience
Conheci-os em 2001 acho-os fantásticos. Gosto sobretudo do primeiro álbum Versus, são simples mas bons!
Festival Delta Tejo
Interrompi as férias para ir ver Ana Carolina, Mariza, Adriana Calcanhotto e Clã (já não cheguei a tempo da Mart’nalia nem de “beber” a Couple of Coffee e Rita Red Shoes ouvi muito mal). Adorei as duas primeiras e o “nosso” Clã! Ana Carolina, então, foi fantástica, poderosa e foi muito feliz na escolha das músicas que levou ao palco…
Não estou viciada mas, se voltar cá, eu volto a ir lá!
O 8 e o 80
Meco
Numa estendemos a toalha a uma distância considerável do “vizinho”, só ouvimos as nossas conversas, falamos no tom que queremos, dizemos as coisas todas como os malucos, fazemos o que nos apetece, não mergulhamos em cima uns dos outros, comemos petiscos e outras iguarias quando saímos da praia, fazemos churrascos, chegamos a casa à hora que queremos, não pegamos no carro se não tivermos “ganas”, não temos filas nem stresse para estacionar, andamos de chinelo de dia e de noite e não nos olham de soslaio por isso, não temos filas para comprar pão, peixe ou carne, pedimos uma bebida no bar sem demoras e ainda nos dão um sorriso grátis, e estamos muito zen, ou não, à espera que o Sol “nos possua”. O mar esse, é que é um “bocadinho” em tons de violento. Não é que não se possa tomar banho mas há dias que não se conseguem dar umas braçadas!
Algarve
Noutra quase que estendemos a toalha em cima da pessoa do lado, ouvimos as conversas deles tal qual eles ouvem as nossas, privamo-nos de uma série de coisas, mal conseguimos mergulhar sem incomodar, temos filas enormes para comprar pão, queijo ou fiambre, não podemos ir aos bares de chinelo no pé, demoramos horas a pedir uma bebida que ainda para além de exageradamente cara não traz sequer um sorriso como sous-verre. Este ano inventaram a “bola de Berlim com creme e sem creme” ao som de uma pronúncia brasileira e de um “guizo” ou de uma pandeireta (talvez numa tentativa de imitar o samba). Quer dizer que, quando o vizinho do lado conseguia calar as crianças e falar baixo, a pessoa estava quase a “pegar no sono” e zut, lá vem a p#*%” da pandeireta e do guizo…
Porém tem um mar maravilhoso, onde se podem passar “horas” a nadar, quase que se pode sair do mar e entrar em casa, come-se muito bem e paga-se tanto quanto se come!
Só é suportável por serem, como diz a minha irmã, “as chamadas férias em família” e por essa vale a pena, pelas brincadeiras, pelas gargalhadas e porque se faz um upgrade, num tête-à-tête, à conversa despachada que acaba por ser a nossa no dia-a-dia…
Numa estendemos a toalha a uma distância considerável do “vizinho”, só ouvimos as nossas conversas, falamos no tom que queremos, dizemos as coisas todas como os malucos, fazemos o que nos apetece, não mergulhamos em cima uns dos outros, comemos petiscos e outras iguarias quando saímos da praia, fazemos churrascos, chegamos a casa à hora que queremos, não pegamos no carro se não tivermos “ganas”, não temos filas nem stresse para estacionar, andamos de chinelo de dia e de noite e não nos olham de soslaio por isso, não temos filas para comprar pão, peixe ou carne, pedimos uma bebida no bar sem demoras e ainda nos dão um sorriso grátis, e estamos muito zen, ou não, à espera que o Sol “nos possua”. O mar esse, é que é um “bocadinho” em tons de violento. Não é que não se possa tomar banho mas há dias que não se conseguem dar umas braçadas!
Algarve
Noutra quase que estendemos a toalha em cima da pessoa do lado, ouvimos as conversas deles tal qual eles ouvem as nossas, privamo-nos de uma série de coisas, mal conseguimos mergulhar sem incomodar, temos filas enormes para comprar pão, queijo ou fiambre, não podemos ir aos bares de chinelo no pé, demoramos horas a pedir uma bebida que ainda para além de exageradamente cara não traz sequer um sorriso como sous-verre. Este ano inventaram a “bola de Berlim com creme e sem creme” ao som de uma pronúncia brasileira e de um “guizo” ou de uma pandeireta (talvez numa tentativa de imitar o samba). Quer dizer que, quando o vizinho do lado conseguia calar as crianças e falar baixo, a pessoa estava quase a “pegar no sono” e zut, lá vem a p#*%” da pandeireta e do guizo…
Porém tem um mar maravilhoso, onde se podem passar “horas” a nadar, quase que se pode sair do mar e entrar em casa, come-se muito bem e paga-se tanto quanto se come!
Só é suportável por serem, como diz a minha irmã, “as chamadas férias em família” e por essa vale a pena, pelas brincadeiras, pelas gargalhadas e porque se faz um upgrade, num tête-à-tête, à conversa despachada que acaba por ser a nossa no dia-a-dia…
sexta-feira, 18 de julho de 2008
quinta-feira, 17 de julho de 2008
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Não é uma Vespa mas pode ser uma Abelha... Maia!
Dia 9 fui buscá-la ao stand, nem 1km marcava! Volvidos 13 anos sem andar numa mota de 2 rodas, meti-me no meio da loucura de Lisboa e fui trabalhar... Cheguei a casa da P. e do P. assim como se vê, inteirinha! A primeira apitadela deu origem a esta foto tirada da janela! Como costumo dizer aos meus amigos, digo agora a mim: o que é preciso é saúdinha para nos gozarmos das nossas coisinhas! Desta vez acrescento "juízo" também!
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