Não sou muito dada a “taras e manias” mas confesso que tenho uma incontornável: dá-me um prazer enorme fumar um cigarro quando saio de um banho de mar. Seco as mãos e os lábios e deixo-me ficar ali a vaguear no fumo de um sabor a Camel. Guardo a beata no cimo de um monte de areia e no fim do dia abandono a praia com as beatas num saco. Acabo por deitar no lixo um certo número de “prazeres” que aquele dia me concedeu.
Hoje, enquanto enterro e desenterro os pés e as mãos na areia, enquanto faço desenhos ou somente enquanto deixo os meus pensamentos escorrerem pela areia que me cai das mãos, dou-me conta da quantidade de “prazeres” que se fizeram sentir naquela praia. Não há pé nem mão que desenterre e que não traga um resquício de prazer de alguém. Como não quero acreditar que as pessoas sejam tão sujas e/ou preguiçosas que não levem consigo as beatas dos cigarros que fumaram, prefiro pensar que querem apenas partilhar com os outros os momentos de prazer que tiveram por ali, prefiro pensar que sou eu que sou egoísta e que levo comigo os "prazeres" que a mim me pertenceram...
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
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