quinta-feira, 15 de maio de 2008

LeYa… à velocidade da luz

Ontem li no jornal que a LeYa acabou de firmar a compra da Oficina do Livro…
Ohhh…
Fiquei triste… não sei porquê mas fiquei… gosto tanto da Oficina, tenho um carinho especial por ela (se é que isso é sentimento para se ter para com uma editora)… não que não goste da LeYa mas… gostava mais da Oficina per si.

2 comentários:

Anónimo disse...

A Oficina do Livro que edita coisas tão boas como a Margarida Rebelo Pinto? Bem, não me choca nada. Finalmente a Leya adquire uma das editoras que é a cara chapada do seu intuito. Pouco pela cultura e qualidade, e sim tudo pelo lucro. E aliás agradeça-se ao senhor Paes do Amaral o cancelamento da Feira do Livro de Lisboa.

Cláudia Abreu Antunes disse...

Caro (a) “Pee”, não era só em relação aos livros que a Oficina edita que me referia no meu comentário, pese embora também goste de alguns deles. Gosto da Oficina pelos livros sim mas também pelas pessoas que trabalham para ela, que são pessoas muito profissionais e de muito valor!
Como deve saber, uma editora não se pode “dar ao luxo” de editar apenas os livros/autores que gosta…há tantas pessoas e com gostos tão diferentes…

Mas sabe que, a par da Margarida Rebelo Pinto, a Oficina edita também Alicia Vieira, António Alçada Baptista, Enid Blyton, Helena Sacadura Cabral, Luis Sepúlveda, Pedro Rolo Duarte, Rosa Lobato de Faria, Miguel Sousa Tavares, Possidónio Cachapa e outros cujo nome agora não tenho presente? Conto que saiba…

Quanto à LeYa… não estou a defender nem a criticar. Olhando “friamente” pode-se dizer que faz o seu negócio. Bem ou mal, isso será sempre subjectivo…
Mas repare que não compra editoras “de vão de escada”: aposta no escolar (Texto Editores) e nas edições gerais com nomes como o Saramago (Prémio Nobel da Literatura), António Lobo Antunes…
Se mudar a sua perspectiva de ver a coisa, não veja só pelo lucro, veja como um supermercado, por exemplo, tem leite Matinal, Mimosa, Agros… para poder ter uma maior oferta aos variados consumidores! Digamos que é o seu core business.

Fico com muita pena se não se realizar a Feira do Livro mas não agradeça ao sr. Pais do Amaral, agradeça sim à Câmara de Lisboa, foi ela que mandou suspender a construção dos pavilhões, foi ela que “tomou partido” e, se calhar, não o devia ter feito…
Quanto a isto, não percebo porque é que o Grupo LeYa tem de ser diferente e ter pavilhões diferentes dos outros mas também não percebo porque é que não poderá ter. Não conheço os estatutos da Feira do Livro, não sei porque “leis” se regem mas será que está estipulado que são obrigados a serem “todos diferentes, todos iguais?” ou, dentro dos limites, cada qual se pode “vestir” da maneira que entender?

Embora, em certos casos seja da opinião que “todos diferentes, todos diferentes”, aqui concretamente sou apologista do “todos diferentes, todos iguais”…