quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Eu merecia isto...
Desde há cerca de 2 anos a esta parte, esta é que foi a verdadeira pausa... a única em que até o cérebro se me parou... e esta isto mesmo que eu precisava!
Metade do que veem é Jaco... a outra metade sou eu! ;)
Jaco
O desembarque em Jaco
A cozinha
O nosso bar e barmen
O restaurante do "eco-resort"
O "eco-resort"
Jaco é uma ilha protegida...segundo dizem ninguém lá pode ficar de noite!
Por isso metemo-nos ao caminho (éramos 9) e para percorrer 280Km demoramos cerca de 8h. Não, não fizémos muitas paragens pelo caminho nem sequer parámos em nenhuma estação de serviço até porque.... não as há! O caminho é que é tortuoso, ora a estrada tem alcatrão, ora não tem, buracos que são verdadeiras crateras, enfim, uma aventura...É rezar para que nada aconteça porque não há luz na estrada nem rede nos telemóveis! Portanto os 3 jipes seguiam em “carneirada”...
A primeira noite ficámos num “eco-resort” onde supostamente os bungalows estariam reservados para nós. Deviam estar mas não estavam! Como é uma “terra sem lei” os primeiros que chegaram, enganaram os empregados que tomam conta daquilo e ocuparam a maior parte dos aposentos. Sobravam 3 quartitos “lá atrás”. Três corajosos resolveram ficar no restaurante...já que era uma coisa arejada (não se usam muito as portas e paredes para estes lados devido ao calor). Para mim era um excesso e preferi o quarto....
Claro que fizémos a nossa festa com direito a bebidas, música e tudo!
No início da festa fui alertada pelo P. para ir ao jipe ver o que se passava lá porque tinha deixado a minha janela aberta e havia qualquer coisa lá dentro. Devo dizer que somos os dois muito “mariquinhas” nestas coisas mas eu lá fui...o que eu não sabia era que “o que havia lá dentro” era uma ratazana que mexia no saco que tinha sido deixado no chão do carro.... não sei se seria uma ratazana se um coelho dado o seu tamanho!! Bom, a verdade é que a coisa teve o seu choque inicial mas depois com a música e o gin tónico (por causa da profilaxia da malária) passou!
Eu, que fiquei com um dos quartos “lá de trás” não preguei olho a noite inteira, primeiro as risadas mas depois os barulhos eram tantos que era impossível estar ali sossegada. Luz não havia, ou melhor, uma vez apagada só se voltaria a acender no outro dia portanto era tentar ver o que se passava através da luz do Ipod e do telemóvel....creio que tivemos uma visita... há a teoria de que era um lagarto outro defende que era um rato! Fosse o que fosse não via a hora de ser dia! A sorte é que o dia aqui começa às 6.15 e esse foi o mote para saltar da cama ou lá que raio estava deitada. O “eco-resort” servia pequeno-almoço...mas alguns mais habituados à coisa levaram uma cafeteira para fazer o café matinal e optámos por comer as coisas que tínhamos levado... A conversa rondou a “noite em branco” embora os que dormiram no restaurante tivessem conseguido ressonar até...só que foram acordados por uns barulhos estranhos e quando olharam....eram dezenas de ratazanas que andavam por cima de tudo, excepto deles! A solução que encontraram foi não se mexerem mais até o sol raiar!! Eu teria entrado em pânico e desatado a fugir para o mar que era mesmo a 2 passos...o problema é que poderiam havir crocodilos também....
Confesso que já não tinha grande vontade de conhecer a ilha de Jaco nem que fosse pintada de ouro... Dali fomos então fazer a travessia para a tal ilha.... primeiro escolhemos o peixe acabadinho de pescar para que às 12.30h o senhor o fosse lá levar e depois entrámos num barco que, estamos em crer, até roto estava porque um dos srs tirava garrafas de água lá de dentro! Em 10m iamo-nos aproximando de Jaco...
A cozinha
O nosso bar e barmen
O restaurante do "eco-resort"
O "eco-resort"
Jaco é uma ilha protegida...segundo dizem ninguém lá pode ficar de noite!
Por isso metemo-nos ao caminho (éramos 9) e para percorrer 280Km demoramos cerca de 8h. Não, não fizémos muitas paragens pelo caminho nem sequer parámos em nenhuma estação de serviço até porque.... não as há! O caminho é que é tortuoso, ora a estrada tem alcatrão, ora não tem, buracos que são verdadeiras crateras, enfim, uma aventura...É rezar para que nada aconteça porque não há luz na estrada nem rede nos telemóveis! Portanto os 3 jipes seguiam em “carneirada”...
A primeira noite ficámos num “eco-resort” onde supostamente os bungalows estariam reservados para nós. Deviam estar mas não estavam! Como é uma “terra sem lei” os primeiros que chegaram, enganaram os empregados que tomam conta daquilo e ocuparam a maior parte dos aposentos. Sobravam 3 quartitos “lá atrás”. Três corajosos resolveram ficar no restaurante...já que era uma coisa arejada (não se usam muito as portas e paredes para estes lados devido ao calor). Para mim era um excesso e preferi o quarto....
Claro que fizémos a nossa festa com direito a bebidas, música e tudo!
No início da festa fui alertada pelo P. para ir ao jipe ver o que se passava lá porque tinha deixado a minha janela aberta e havia qualquer coisa lá dentro. Devo dizer que somos os dois muito “mariquinhas” nestas coisas mas eu lá fui...o que eu não sabia era que “o que havia lá dentro” era uma ratazana que mexia no saco que tinha sido deixado no chão do carro.... não sei se seria uma ratazana se um coelho dado o seu tamanho!! Bom, a verdade é que a coisa teve o seu choque inicial mas depois com a música e o gin tónico (por causa da profilaxia da malária) passou!
Eu, que fiquei com um dos quartos “lá de trás” não preguei olho a noite inteira, primeiro as risadas mas depois os barulhos eram tantos que era impossível estar ali sossegada. Luz não havia, ou melhor, uma vez apagada só se voltaria a acender no outro dia portanto era tentar ver o que se passava através da luz do Ipod e do telemóvel....creio que tivemos uma visita... há a teoria de que era um lagarto outro defende que era um rato! Fosse o que fosse não via a hora de ser dia! A sorte é que o dia aqui começa às 6.15 e esse foi o mote para saltar da cama ou lá que raio estava deitada. O “eco-resort” servia pequeno-almoço...mas alguns mais habituados à coisa levaram uma cafeteira para fazer o café matinal e optámos por comer as coisas que tínhamos levado... A conversa rondou a “noite em branco” embora os que dormiram no restaurante tivessem conseguido ressonar até...só que foram acordados por uns barulhos estranhos e quando olharam....eram dezenas de ratazanas que andavam por cima de tudo, excepto deles! A solução que encontraram foi não se mexerem mais até o sol raiar!! Eu teria entrado em pânico e desatado a fugir para o mar que era mesmo a 2 passos...o problema é que poderiam havir crocodilos também....
Confesso que já não tinha grande vontade de conhecer a ilha de Jaco nem que fosse pintada de ouro... Dali fomos então fazer a travessia para a tal ilha.... primeiro escolhemos o peixe acabadinho de pescar para que às 12.30h o senhor o fosse lá levar e depois entrámos num barco que, estamos em crer, até roto estava porque um dos srs tirava garrafas de água lá de dentro! Em 10m iamo-nos aproximando de Jaco...
terça-feira, 28 de outubro de 2008
É esta a TV que temos...
O telejornal é uma coisa que um expatriado português gosta de acompanhar, sabe as notícias do mundo mas também do seu país. E é talvez o único programa que dá em simultâneo, só que em Portugal passa às 13h e em Díli às 22h (sim, agora que mudaram de horário passo a estar 9h “à vossa frente”).
A pessoa já jantou, ou está a fazê-lo, e vamos lá ver como é que estão as coisas por lá...
Não me parecem mal... Se o telejornal abre com a notícia de que o FCP perdeu em casa, não percebo o motivo alarmista dos meus amigos que dizem “Isto por aqui está mau, não viste as notícias?! Há uma crise na Europa...” Se calhar a crise não é assim tão importante, se calhar vem mais mal a Portugal se o FCP perder o jogo de futebol... e ainda para mais em casa! Onde é que já se viu?! Isto sim é preocupante!
Bom, mas eu continuo estóica, à espera de uma notícia menos importante... sei lá que digam que o barril de petróleo está a descer, que a Euribor baixou pelo “x” dia consecutivo... Eu não tenho a mania que me interesso por estas coisas, não só mas também...
Mas ainda surge outra importante... Uma loja de tintas, em Guimarães, está a fazer promoções: na compra de 7 latas de tinta oferece um galo!! Isso mesmo, um galo! Mas não é um galo qualquer...ao que parece é da raça “pica-no-chão”!
Ora bem, este é que é o verdadeiro serviço público nacional! Daqui a alguns dias, aposto que o mesmo canal transmitirá, em directo, a afluência que houve à loja das tintas, com direito a gráfico ilustrativo da relação latas de tinta/galos vendidos (se tivermos sorte, teremos ainda uma sondagem da Católica a acompanhar)... e tudo porque, pelo telejornal, Portugal inteiro ficou a saber e a querer aproveitar esta promoção... Será que o dito comerciante salvaguardou a possível ruptura de stock?!...ou de tinta ou de galos!
De falta de vontade não me podem “acusar” mas perante isto, nada melhor que desligar a televisão!
De maneiras que é assim...
A pessoa já jantou, ou está a fazê-lo, e vamos lá ver como é que estão as coisas por lá...
Não me parecem mal... Se o telejornal abre com a notícia de que o FCP perdeu em casa, não percebo o motivo alarmista dos meus amigos que dizem “Isto por aqui está mau, não viste as notícias?! Há uma crise na Europa...” Se calhar a crise não é assim tão importante, se calhar vem mais mal a Portugal se o FCP perder o jogo de futebol... e ainda para mais em casa! Onde é que já se viu?! Isto sim é preocupante!
Bom, mas eu continuo estóica, à espera de uma notícia menos importante... sei lá que digam que o barril de petróleo está a descer, que a Euribor baixou pelo “x” dia consecutivo... Eu não tenho a mania que me interesso por estas coisas, não só mas também...
Mas ainda surge outra importante... Uma loja de tintas, em Guimarães, está a fazer promoções: na compra de 7 latas de tinta oferece um galo!! Isso mesmo, um galo! Mas não é um galo qualquer...ao que parece é da raça “pica-no-chão”!
Ora bem, este é que é o verdadeiro serviço público nacional! Daqui a alguns dias, aposto que o mesmo canal transmitirá, em directo, a afluência que houve à loja das tintas, com direito a gráfico ilustrativo da relação latas de tinta/galos vendidos (se tivermos sorte, teremos ainda uma sondagem da Católica a acompanhar)... e tudo porque, pelo telejornal, Portugal inteiro ficou a saber e a querer aproveitar esta promoção... Será que o dito comerciante salvaguardou a possível ruptura de stock?!...ou de tinta ou de galos!
De falta de vontade não me podem “acusar” mas perante isto, nada melhor que desligar a televisão!
De maneiras que é assim...
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Humor timorense!
Eu acho que eles têm um sentido de humor fantástico!!
Tive que ir a outro ministério assinar um cartão...pois muito bem, lá fui com o motorista e um tradutor numa carrinha cuja porta é de abertura lateral (o que não é normal porque os carros aqui são todos jipes)....primeiro nem conseguiam abrir a porta (porque estava meio amachucada) e depois enquanto fazíamos o trajecto a porta abriu-se até meio!! Eu nem consegui dizer nada, comecei a rir ao mesmo tempo que me segurava ao banco antes que caísse na próxima curva....depois eles lá olharam para trás e perceberam que a porta estava aberta, riram-se também e disseram: "É automática sinhora!"
Tive que ir a outro ministério assinar um cartão...pois muito bem, lá fui com o motorista e um tradutor numa carrinha cuja porta é de abertura lateral (o que não é normal porque os carros aqui são todos jipes)....primeiro nem conseguiam abrir a porta (porque estava meio amachucada) e depois enquanto fazíamos o trajecto a porta abriu-se até meio!! Eu nem consegui dizer nada, comecei a rir ao mesmo tempo que me segurava ao banco antes que caísse na próxima curva....depois eles lá olharam para trás e perceberam que a porta estava aberta, riram-se também e disseram: "É automática sinhora!"
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
A 13 de Outubro...mas não na Cova de Iria
Segunda-feira, 17.30h, calções, t-shirt de alças e Mp3 nos ouvidos e saio para ir fazer um jogging.... Por acaso dei conta de que não havia muita gente na rua, nem os “tradicionais” carrinhos que vendem garrafas e copos de água, cigarros, chocolates, etc, nem os miúdos que vendem cartões (o que eles chamam de “pulsas”) para carregar os telemóveis nem mesmo os que costumam estar deitados na berma!
Eis se não quando me deparo com um monte de gente, estradas cortadas e pensei logo "pronto, estou numa meio de uma manifestação!" Mas diz que não... Pois com certeza: o que é que um povo super católico faz no dia 13 de Outubro?! Procissões e missas e essas coisas....afinal era só a missa!
Desliguei o MP3 e atravessei aquela gente a andar devagarinho para não perturbar a coisa... A intenção era também passar despercebida mas... nunca me senti tão observada na minha vida, era a única "branca" ali no meio, ainda por cima de calções e alças que é uma coisa que aqui não e muito bem vista porque estás a "mostrar" o corpinho (mesmo que este não seja mesmo nada que valha a pena)...pensei mesmo que alguma coisa me ia acontecer mas depois também achei que seria muito animalesco fazê-lo no meio de uma missa!! Consegui atravessar a missa e continuar a correr....
Já de regresso, e quando achava que já tudo tinha terminado....pois diz que não! Então não é que quando voltei foi quando todos estavam a desmobilizar?! eu bem que tentei tornear a coisa mas lá estava eu outra vez no meio de milhares de pessoas a olharem para mim de alto a baixo.....até a polícia de metralhadoras e outras armas cujo nome não faço ideia....que medo....só pensava na maneira mais rápida de sair dali.....
Quando cheguei a casa e contei ao Valter e ele me diz que de facto não era muito seguro fazer aquilo....ia morrendo!!
Qualquer dia levo uma catanada, sou cortada em pedaços e vendida como carne importada!!
Eis se não quando me deparo com um monte de gente, estradas cortadas e pensei logo "pronto, estou numa meio de uma manifestação!" Mas diz que não... Pois com certeza: o que é que um povo super católico faz no dia 13 de Outubro?! Procissões e missas e essas coisas....afinal era só a missa!
Desliguei o MP3 e atravessei aquela gente a andar devagarinho para não perturbar a coisa... A intenção era também passar despercebida mas... nunca me senti tão observada na minha vida, era a única "branca" ali no meio, ainda por cima de calções e alças que é uma coisa que aqui não e muito bem vista porque estás a "mostrar" o corpinho (mesmo que este não seja mesmo nada que valha a pena)...pensei mesmo que alguma coisa me ia acontecer mas depois também achei que seria muito animalesco fazê-lo no meio de uma missa!! Consegui atravessar a missa e continuar a correr....
Já de regresso, e quando achava que já tudo tinha terminado....pois diz que não! Então não é que quando voltei foi quando todos estavam a desmobilizar?! eu bem que tentei tornear a coisa mas lá estava eu outra vez no meio de milhares de pessoas a olharem para mim de alto a baixo.....até a polícia de metralhadoras e outras armas cujo nome não faço ideia....que medo....só pensava na maneira mais rápida de sair dali.....
Quando cheguei a casa e contei ao Valter e ele me diz que de facto não era muito seguro fazer aquilo....ia morrendo!!
Qualquer dia levo uma catanada, sou cortada em pedaços e vendida como carne importada!!
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Fotos tipo-passe
Precisava de umas fotos tipo-passe para os cartões do Conselho de Ministros, para inscrição na Embaixada e para a carta de condução. Se tivermos em conta que agora não se pode entrar no CM sem identificação, a coisa era urgente.
Parece fácil mas não é! Em Lisboa, seria só ir a uma dessas quaisquer lojas de esquina e pronto, 5m e a coisa estava feita... Por acaso a loja até fica mesmo ao lado do CM mas durante uma semana fiz várias incursões ao local e saí de lá no minuto que entrei, eram às dezenas as criancinhas que estavam lá também para tirar fotografias. Até que um dia consegui, paguei $4 e tinha direito a 4 fotografias que sairiam dali a 20m. Paguei e entrei para dentro de uma “sala”, atrás de mim mais 4 timorenses. O fotógrafo pergunta-me qual era o “pano de fundo” que eu queria e mostrou-me: em tons de tigresa, safari (palmeiras numa paisagem árida), outro com canas de bambú, outro com um ripas de madeiras, um vermelho e outro branco... Ainda pensei em escolher o fundo em tigresa mas depois não combinava com a blusa e optei pelo branco! Devo dizer que pela cara do fotógrafo, ficou a achar que eu tinha um péssimo gosto. Dali disse-me que me podia vestir e apontou para uma “cabine” que estava atrás de mim. Eu pensei: “Vestir? Mas vestir como se eu estou vestida?!”. Quando olhei para a cabine nem queria acreditar, tinha uns cabides com blusas e camisas penduradas...só que as blusas já vinham com colares pendurados ou com laços e bandoletes para o cabelo....e as camisas já vinham com gravatas e laços também....também havia casacos para quem quisesse ir de “tailleur”, tudo em pelos menos 3 ou 4 cores se bem que o branco predominava. Mas o que mais me chocou nem foi isto, o que me deu vontade de sair dali a correr foi ver que as pessoas estavam a escolher o tamanho e a que mais lhe agradava, sendo que as camisas brancas estavam tanto ou tão pouco sujas que os colarinhos estavam pretos de sujidades e as “axilas” amarelas...tão nojento...
E pronto, quando recusei vestir aquilo e disse ao Sr. que queria ficar com a minha blusa, aí é que ele achou que eu era anormal!! Não resistiu e, entre dentes, soltou um “malai” que é como quem diz “portuguesa com a mania que as nossas coisas não são giras”. Pois é, eu e as minha manias....se não podia perfeitamente ter vestido aquela blusinha branca, de colarinho em tons de preto e com o colar cor-de-laranja já incorporado?! Podia sim senhora, às vezes sou muito “snobzinha”...
Parece fácil mas não é! Em Lisboa, seria só ir a uma dessas quaisquer lojas de esquina e pronto, 5m e a coisa estava feita... Por acaso a loja até fica mesmo ao lado do CM mas durante uma semana fiz várias incursões ao local e saí de lá no minuto que entrei, eram às dezenas as criancinhas que estavam lá também para tirar fotografias. Até que um dia consegui, paguei $4 e tinha direito a 4 fotografias que sairiam dali a 20m. Paguei e entrei para dentro de uma “sala”, atrás de mim mais 4 timorenses. O fotógrafo pergunta-me qual era o “pano de fundo” que eu queria e mostrou-me: em tons de tigresa, safari (palmeiras numa paisagem árida), outro com canas de bambú, outro com um ripas de madeiras, um vermelho e outro branco... Ainda pensei em escolher o fundo em tigresa mas depois não combinava com a blusa e optei pelo branco! Devo dizer que pela cara do fotógrafo, ficou a achar que eu tinha um péssimo gosto. Dali disse-me que me podia vestir e apontou para uma “cabine” que estava atrás de mim. Eu pensei: “Vestir? Mas vestir como se eu estou vestida?!”. Quando olhei para a cabine nem queria acreditar, tinha uns cabides com blusas e camisas penduradas...só que as blusas já vinham com colares pendurados ou com laços e bandoletes para o cabelo....e as camisas já vinham com gravatas e laços também....também havia casacos para quem quisesse ir de “tailleur”, tudo em pelos menos 3 ou 4 cores se bem que o branco predominava. Mas o que mais me chocou nem foi isto, o que me deu vontade de sair dali a correr foi ver que as pessoas estavam a escolher o tamanho e a que mais lhe agradava, sendo que as camisas brancas estavam tanto ou tão pouco sujas que os colarinhos estavam pretos de sujidades e as “axilas” amarelas...tão nojento...
E pronto, quando recusei vestir aquilo e disse ao Sr. que queria ficar com a minha blusa, aí é que ele achou que eu era anormal!! Não resistiu e, entre dentes, soltou um “malai” que é como quem diz “portuguesa com a mania que as nossas coisas não são giras”. Pois é, eu e as minha manias....se não podia perfeitamente ter vestido aquela blusinha branca, de colarinho em tons de preto e com o colar cor-de-laranja já incorporado?! Podia sim senhora, às vezes sou muito “snobzinha”...
Subscrever:
Mensagens (Atom)