Cesaltina não parava de rondar o meu quarto... explicava o motivo pelo qual as casas não tinham sido pintadas e blá blá blá... e como já me tinha “elogiado” fiquei com a pulga atrás da orelha... é que sempre que quer alguma coisa, elogia-me...
Não tardou a dizer-me que estava lá fora uma prima que me queria falar... que me queria pedir uma coisa... Antes que a prima se me dirigisse perguntei-lhe o que era:
“Prima precisa ajuda eu para cozinha, marido morreu.”
Claro que assenti a conversa com a sra. que me vinha pedir para a Cesaltina ser dispensada durante o dia de hoje uma vez que o seu marido tinha morrido há 6 meses e precisavam de “dar uma festa”.... Perante o meu ar de espanto, a sra. apressou-se a explicar que o costume timorense é fazer uma festa ao 7.˚ dia e depois aos 3 e 6 meses. Costume “parvo” para quem “morre de fome” e não contente com isso ainda tem que se endividar, ou lá como fazem, para comprar (no minímo) um boi e um porco e quase um galinheiro inteiro... enfim... “costumes”.
Dia seguinte:
Não almoço em casa mas vou lá escovar os dentes...
E cadê Cesaltina?!
A louça do jantar e do pequeno-almoço estava exactamente onde a tinha deixado, a cama por fazer, etc...
Nada de Cesaltina. Telefono. “Sinhora disculpa, meu mãe morreu na Bali, blá blá blá”
Eu lamento, a sério que lamento mas... não acreditei...
Só quando me apareceu à frente vestida de luto e com olhos de choro....
Caso tivesses dúvidas Cláudia Abreu Antunes, é só para teres a certeza que estás de volta!!
quinta-feira, 25 de junho de 2009
terça-feira, 23 de junho de 2009
Imaginam mais alguém que não eu?!
Nem deu bem para perceber que demoraria dias a chegar, nem deu bem para me cansar só de pensar nas horas que iria passar em aviões e aeroportos, só me deu para perceber que iria estar longe fisicamente...
Chegada a Paris, demorei-me tanto em pensamentos que quando dei por mim quase que fui a última pessoa a entrar no avião. Quase que não valia a pena ter corrido dado o atraso de 1.45h no voo. “Uma falha técnica”, anunciava o comandante, num voo da Air France era motivo mais que suficiente para ter saído do avião... não sei porque não o fiz...
Aterrava em Singapura à hora que devia estar a levantar voo rumo à Austrália. A Air France alegava que o contrato que tinha com os passageiros era tão somente levá-los ao destino.
“E levar ao destino dentro do horário estipulado, não?!”
“Estariam a cumprir o contrato se o passageiro aterrasse tão fora de horas que o fizesse perder 2 voos? E mais um dia de férias?!”
“E quem o reembolsaria das viagens perdidas? E quem lhe paga o hotel? E os compromissos laborais que tinha?”
“Posso considerar que estão a cumprir o contrato se me levarem a dar uma volta around the world e desde que me depositem na cidade de destino?!”
A estas e outras perguntas o comissário de bordo só consegui responder um “désolé mademoiselle”...
“Olha vai-te ‘faire f....’ mais a resposta que me dás”.
Em Singapura, toca de correr para o terminal onde supostamente devia embarcar, descobrir o balcão da companhia aérea e... contar o que se passou. Quase que nem precisei de terminar a conversa e já o rapaz procurava um voo onde me pudesse “enfiar”. Dez minutos depois, tinha na mão um novo bilhete e nada que pagar!! Ainda lhe perguntei se tinha que ir apanhar a mala ao tapete ao que me respondeu depois de um telefonema “Acabo de solicitar que os colegas levantem a sua mala e a metam no voo em que vai viajar. Check-in feito. Só tem de estar na sala de embarque 30m antes da partida.”
Meu Deus quanta eficiência!! Será por isto que dizem que o aeroporto de Singapura é o melhor do mundo?!
Bom mas a coisa não termina aqui...
Desembarque em Darwin, alfândega, passaporte, malas.... estava tudo a correr muito bem até que...
“Essa pulseira que traz... é de pele?!”
“Não, não, acha??!! É imitação!! Nós portugueses é que somos muito bons nestas coisas... não, não é de plástico!!” respondi prontamente.
“Não é a primeira vez que vem à Austrália por isso sabe que não se pode transportar nada de origem animal nem vegetal, não sabe?!”
“Sei, sei... oh se sei!! Mas obrigada por relembrar!! Thanks matte”
Ora sai de um lado e volta a fazer check-in no outro... tudo tranquilo... não fora ouvir o meu nome nos altifalantes do aeroporto:
“Sra. Cláudia Antunes tem 4m para se dirigir à sala de embarque respeitante ao voo TL 510 para Díli”
“Como?? 4m?? Então mas se ainda falta meia-hora!!”
De repente fez-se-me luz... Darwin tem mais 30m que Díli e eu ainda achava que tinha tempo para ir para a internet!!
De repente estava eu a pedir às pessoas para passar à frente, em tons de rápida a colocar o laptop, a mochila, a mala e as moedas que trazia no bolso no controlo. Passo pelo detector e apito. Volto para trás, dizem-me para tirar o cinto e o relógio. Volto a passar no detector e a apitar. Chega uma mulher polícia e pergunta o que costume: “Posso apalpá-la?!”. Apeteceu-me dar a resposta do costume: “Se eu disser que não adianta alguma coisa?!” mas não, com um sorriso stressado disse-lhe o que nunca havia imaginado dizer: “Apalpe-me depressa... é que com esta brincadeira já só devo ter 2m para chegar à sala de embarque”. Passo novamente pelo detector e volto a apitar. “Tire as sandálias, por favor”. Finalmente não apitei!!
Agarro em tudo: mochila, computador, mala, cinto, relógio, sandálias e desato a correr por aquele aeroporto fora ao mesmo tempo que tentava não perder as calças...
Ainda tinha que passar um controlo mas o sr. viu-me assim e mandou-me seguir, Fechou a porta imediatamente e pergunta-me se tinha preenchido o documento para sair da Austrália. “Claro que não!! Não tive tempo!!”, Fi-lo com uma letra tão irreconhecível que o próprio a tornou legível.
Finalmente entro dentro do avião...
Tenho para mim que, na verdade, eu nunca quis chegar a Díli ou sequer sair de Portugal.... mas, com a sorte que tenho e depois de tudo, não é que vim cá parar?!
É a sorte do animal!!
Chegada a Paris, demorei-me tanto em pensamentos que quando dei por mim quase que fui a última pessoa a entrar no avião. Quase que não valia a pena ter corrido dado o atraso de 1.45h no voo. “Uma falha técnica”, anunciava o comandante, num voo da Air France era motivo mais que suficiente para ter saído do avião... não sei porque não o fiz...
Aterrava em Singapura à hora que devia estar a levantar voo rumo à Austrália. A Air France alegava que o contrato que tinha com os passageiros era tão somente levá-los ao destino.
“E levar ao destino dentro do horário estipulado, não?!”
“Estariam a cumprir o contrato se o passageiro aterrasse tão fora de horas que o fizesse perder 2 voos? E mais um dia de férias?!”
“E quem o reembolsaria das viagens perdidas? E quem lhe paga o hotel? E os compromissos laborais que tinha?”
“Posso considerar que estão a cumprir o contrato se me levarem a dar uma volta around the world e desde que me depositem na cidade de destino?!”
A estas e outras perguntas o comissário de bordo só consegui responder um “désolé mademoiselle”...
“Olha vai-te ‘faire f....’ mais a resposta que me dás”.
Em Singapura, toca de correr para o terminal onde supostamente devia embarcar, descobrir o balcão da companhia aérea e... contar o que se passou. Quase que nem precisei de terminar a conversa e já o rapaz procurava um voo onde me pudesse “enfiar”. Dez minutos depois, tinha na mão um novo bilhete e nada que pagar!! Ainda lhe perguntei se tinha que ir apanhar a mala ao tapete ao que me respondeu depois de um telefonema “Acabo de solicitar que os colegas levantem a sua mala e a metam no voo em que vai viajar. Check-in feito. Só tem de estar na sala de embarque 30m antes da partida.”
Meu Deus quanta eficiência!! Será por isto que dizem que o aeroporto de Singapura é o melhor do mundo?!
Bom mas a coisa não termina aqui...
Desembarque em Darwin, alfândega, passaporte, malas.... estava tudo a correr muito bem até que...
“Essa pulseira que traz... é de pele?!”
“Não, não, acha??!! É imitação!! Nós portugueses é que somos muito bons nestas coisas... não, não é de plástico!!” respondi prontamente.
“Não é a primeira vez que vem à Austrália por isso sabe que não se pode transportar nada de origem animal nem vegetal, não sabe?!”
“Sei, sei... oh se sei!! Mas obrigada por relembrar!! Thanks matte”
Ora sai de um lado e volta a fazer check-in no outro... tudo tranquilo... não fora ouvir o meu nome nos altifalantes do aeroporto:
“Sra. Cláudia Antunes tem 4m para se dirigir à sala de embarque respeitante ao voo TL 510 para Díli”
“Como?? 4m?? Então mas se ainda falta meia-hora!!”
De repente fez-se-me luz... Darwin tem mais 30m que Díli e eu ainda achava que tinha tempo para ir para a internet!!
De repente estava eu a pedir às pessoas para passar à frente, em tons de rápida a colocar o laptop, a mochila, a mala e as moedas que trazia no bolso no controlo. Passo pelo detector e apito. Volto para trás, dizem-me para tirar o cinto e o relógio. Volto a passar no detector e a apitar. Chega uma mulher polícia e pergunta o que costume: “Posso apalpá-la?!”. Apeteceu-me dar a resposta do costume: “Se eu disser que não adianta alguma coisa?!” mas não, com um sorriso stressado disse-lhe o que nunca havia imaginado dizer: “Apalpe-me depressa... é que com esta brincadeira já só devo ter 2m para chegar à sala de embarque”. Passo novamente pelo detector e volto a apitar. “Tire as sandálias, por favor”. Finalmente não apitei!!
Agarro em tudo: mochila, computador, mala, cinto, relógio, sandálias e desato a correr por aquele aeroporto fora ao mesmo tempo que tentava não perder as calças...
Ainda tinha que passar um controlo mas o sr. viu-me assim e mandou-me seguir, Fechou a porta imediatamente e pergunta-me se tinha preenchido o documento para sair da Austrália. “Claro que não!! Não tive tempo!!”, Fi-lo com uma letra tão irreconhecível que o próprio a tornou legível.
Finalmente entro dentro do avião...
Tenho para mim que, na verdade, eu nunca quis chegar a Díli ou sequer sair de Portugal.... mas, com a sorte que tenho e depois de tudo, não é que vim cá parar?!
É a sorte do animal!!
segunda-feira, 22 de junho de 2009
@Pt
Entre chegada ao aeroporto, partida “directa” para um casamento, entre o aniversário do sobrinho e o meu, entre família e amigos, entre o Meco e Lisboa, entre Lisboa e Cabanas, entre Cabanas e whatever, entre almoços, lanches e jantares, entre cafés, telefonemas, filas, bancos, marcações e desmarcações, entre mota e carro, entre encontros e desencontros, entre dormir e acordar, entre coisas resolvidas e outras irresolúveis, entre compras, entre médicos e entre stresse... entre outras coisas :)... assim foram 2 semanas @Pt...
Dá para repetir mas com mais calma?! Em tons de “normal”?!
Para com quem não consegui estar, ou “estar com qualidade”, dá para aceitar um pedido de desculpas?! :)
Dá para repetir mas com mais calma?! Em tons de “normal”?!
Para com quem não consegui estar, ou “estar com qualidade”, dá para aceitar um pedido de desculpas?! :)
segunda-feira, 8 de junho de 2009
terça-feira, 2 de junho de 2009
Dj’s @ Esplanada
Ashley e Rosa lançaram o convite, Cláudia e Valter aceitaram!!
A ideia era fazer uma festa para animar as noites de sábado em Díli.
O objectivo era uma noite em tons de divertida :)
Propusemos a Festa da Mensagem.
Tão simples como colar um autocolante com um número a cada pessoa que entrasse.
Quem quis, escreveu num papel uma mensagem e dedicou-a ao número que lhe apeteceu.
Esse número era escrito num quadro e a pessoa “mensajada” deveria deslocar-se ao balcão e pedir o papel com a mensagem que lhe cabia.
A meio da festa, era um corropio entre a pista e o balcão, ora para ir buscar bebidas ora para ir buscar mensagens. Eu confesso que me perdi entre a pista e a mesa de Dj... apetecia-me mesmo dançar... apetecia-me mesmo dançar aquelas músicas...
Em conjunto, eu e V., fizémos 2 playlists com música variada, teste de som à tarde e à noite cada um intercalava a que escolhera no meio de uma mesa de mistura...
Que tipo de música?! Toda e mais alguma: portuguesa, pop, house, electrónica, eight’s...
Valia tudo para “tirar o pé do chão”!!
O resultado?!
Um sucesso!!
Não para nos gabarmos mas... a festa acabou porque esgotaram as bebidas!!
O fim da noite acabou com uma mensagem de agradecimento do “boss” e de muitos outros...
O nosso cachet?! Ahahah
Somos modestos, ficamos pelo “restaurante e bar aberto” ;)
P.S.- Obrigadas também à S. pelo empréstimo das colunas, ao JM pela mesa de mistura, pela ajuda e pela música que pôs também!!
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Voltei ao paraíso...
Desta vez, éramos só 3 e escolhemos o trajecto alternativo aos ratos e outros bichos “mal-vindos” de Tutuala (a primeira vez que lá fui).
Tivemos direito a ver um crocodilo no seu habitat natural (e vimo-lo todo!!) e a ficar no Com Beach Resort!!
Do snorkling de Jaco não tenho fotos (a minha máquina ainda não é à prova de água!!) e não consigo descrever o que se vê no fundo daquele mar e a vida que por ali há...
E conseguimos ir no sábado e voltar no domingo sem stress, com todas as paragens que quisemos fazer, o tempo que nos apeteceu...
Está cada vez mais paradísiaca aquela ilha, oh se está...
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