De quando em vez ligo a televisão aqui no sítioondeeutrabalho e hoje vi uma coisa que me deixou a pensar que se calhar para o ano ainda tenho emprego…
Eu até achava que Laranja (PSD) com Leite (Manuela Ferreira Leite) podiam combinar mas parece-me que a coisa azedou!
A propósito do casamento entre pessoas do mesmo sexo, não fica bem a um líder, do que quer que seja, dizer estas coisas:
“Admito que esteja a fazer uma discriminação porque é uma situação que não é igual.”
…
A sociedade está organizada e tem determinado tipo de privilégios, tem determinado tipo de regalias e de medidas fiscais no sentido de promover a família.
…
A família tem por objectivo a procriação.”
Ora bem, isto é tudo muito discutível….pese embora as duas primeiras frases me “choquem”, a última é gritante!
Ai é esse o objectivo da família? Não é aquela coisa de dar paz e amor e incutir valores etc, etc? Então e os casais que não podem ter filhos? Aqueles que geneticamente são incompatíveis? Não são uma família…..não conseguem procriar!
Uma coisa é ser “bicha” e outra coisa é ser “tricha”…
Se calhar o que a maioria das pessoas não gosta são das travecas que se bamboleiam a cada passo que dão, as(os) que se pintam ou os que se andam de “pochete” na rua… ou, no caso, das mulheres, aquelas a quem chamam “sapatonas” ou “camionistas” e que “coçam os tomates” (desculpem a agressividade da expressão) mesmo que só existam no seu imaginário…
A mim choca-me de igual forma ver um casal hetero aos beijos e amassos (às vezes como se estivessem na eminência de fazer sexo logo ali) na rua ou num sítio público como me choca um casal homossexual.
Se o que as pessoas sentem é amor, porque não deixá-las estar?!
Mas isso contribui para a minha (in)felicidade? Tira-me a saúde? Aumenta-me os impostos? Faz subir o barril de petróleo ou faz com que o PSI 20 feche a perder milhões como aconteceu ontem?
Lembro-me de uma vez que fiquei de boca aberta com o que vi e depois fiquei de boca aberta com a minha reacção! Há alguns anos no metro em Paris, dois homens não se resistiram (já eram namorados) e beijaram-se. O metro ia “meio-cheio, meio-vazio” e eu fui a única pessoa que não conseguia desviar o olhar… os outros pareciam completamente familiarizados… Mas eu vinha de um meio onde nada disto se via. Em bom rigor, nem isto nem outras coisas… a comparação não tem o mesmo valor mas dá para “contextualizar”, nessas altura Paris estava farta de ter o metro com o sistema de entrada que hoje Lisboa conhece… Já Lisboa, por seu lado, estava a milhas de ser assim…
Mas qual é o problema com o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo? É algo entre duas pessoas adultas que em nada interfere com a vida de seja quem for, excepto dessas duas pessoas.
Se calhar, se a coisa azedou… talvez um Gurosan não lhe faça nada mal!
De maneiras que é assim…
quinta-feira, 3 de julho de 2008
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2 comentários:
Nem consigo comentar essa definição de família. A sério... E, pensando bem, serei eu uma família?
Pois...aliás, por essa ordem de ideias, há muitos de nós que se estão a interrogar neste momento... enfim...é o país que temos!
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