Cesaltina não parava de rondar o meu quarto... explicava o motivo pelo qual as casas não tinham sido pintadas e blá blá blá... e como já me tinha “elogiado” fiquei com a pulga atrás da orelha... é que sempre que quer alguma coisa, elogia-me...
Não tardou a dizer-me que estava lá fora uma prima que me queria falar... que me queria pedir uma coisa... Antes que a prima se me dirigisse perguntei-lhe o que era:
“Prima precisa ajuda eu para cozinha, marido morreu.”
Claro que assenti a conversa com a sra. que me vinha pedir para a Cesaltina ser dispensada durante o dia de hoje uma vez que o seu marido tinha morrido há 6 meses e precisavam de “dar uma festa”.... Perante o meu ar de espanto, a sra. apressou-se a explicar que o costume timorense é fazer uma festa ao 7.˚ dia e depois aos 3 e 6 meses. Costume “parvo” para quem “morre de fome” e não contente com isso ainda tem que se endividar, ou lá como fazem, para comprar (no minímo) um boi e um porco e quase um galinheiro inteiro... enfim... “costumes”.
Dia seguinte:
Não almoço em casa mas vou lá escovar os dentes...
E cadê Cesaltina?!
A louça do jantar e do pequeno-almoço estava exactamente onde a tinha deixado, a cama por fazer, etc...
Nada de Cesaltina. Telefono. “Sinhora disculpa, meu mãe morreu na Bali, blá blá blá”
Eu lamento, a sério que lamento mas... não acreditei...
Só quando me apareceu à frente vestida de luto e com olhos de choro....
Caso tivesses dúvidas Cláudia Abreu Antunes, é só para teres a certeza que estás de volta!!
quinta-feira, 25 de junho de 2009
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